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Implantação da Ditadura Civil-Militar é lembrada por deputado Carlos Bordalo como tempo sombrio
Reportagem: Carlos Boução - AID - Comunicação Social
Edição: Natália Mello - AID - Comunicação Social
O dia 31 de março de 1964, data que foi implantada uma Ditadura Civil-Militar no Brasil, completa 60 anos em 2024. A data foi lembrada na sessão ordinária da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) desta terça-feira (26), pelo deputado Carlos Bordalo (PT). O parlamenta preside a Comissão de Direitos Humanos, Defesa do Consumidor, Defesa das Pessoas com Deficiência, da Mulher, da Juventude, da Pessoa Idosa e das Minorias.
“O período inaugurou um tempo sombrio e um dos mais cruéis da história do Brasil”, definiu Bordalo. A derrubada do Presidente João Goulart, Jango, marca o início do Regime ou Ditadura Militar no Brasil, que se estendeu até a posse do Presidente José Sarney, em 15 de março de 1985.
O movimento das tropas militares destituiu o governo do presidente Jango, que governou o país de 1961 e 1964, assumindo após a renúncia do presidente Jânio Quadros, apesar da resistência dos militares. “Aos olhos da elite, ele teve a ousadia de tentar reformas de base, que inclui mudanças administrativas, fiscais, trabalhistas e agrárias.
Em seu pronunciamento, o deputado fez um paralelo com o ‘golpe parlamentar, jurídico e mediático’ sofrido em 2016 pela presidenta Dilma Roussef, que a destituiu do poder Político. Para ele, “ambos movimentos “juntaram setores conservadores da sociedade brasileira para proteger o país do comunismo”, disse.
Ao final, considerou o risco que a democracia das instituições republicanas do Brasil passaram com o golpe tentado no dia 8 de janeiro de 2023, com a tomada das sedes dos três poderes por uma turba de manifestantes. Horas depois, foram retirados das sedes invadidas do Palácio do Planalto, do Superior Tribunal Federal e na Câmara dos Deputados, presos por depredação, invasão e tentativa de sublevação.
“Recentemente, o Brasil viveu outro risco de voltar aos tempos sombrios que pairaram sobre a sociedade brasileira”, comparou o parlamentar. Para ele, defender a democracia e o Estado Democrático de Direito, a livre organização e o direito a ter direitos, são conquistas inscritas na Constituição de 1988.
Seminário Estadual sobre os 60 anos do Golpe Militar de 1964