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16/09/2019 | 17h22 - Atualizada em 16/09/2019 | 17h29

Sessão Especial discute situação da Universidade do Estado

Reportagem: Dina Santos

Edição: Syanne Neno

Em cumprimento a requerimento de autoria da deputada estadual Marinor Brito, foi realizada nesta segunda-feira (16/09), Sessão Especial para discutir a situação da Universidade Estadual do Pará (UEPA). "Nós estamos passando por um cenário preocupante em nível nacional, com os 'contingenciamentos', que entendemos serem cortes, que podem inviabilizar o desempenho e desenvolvimento das universidades em todo o Brasil, e precisamos ver de que forma isso afeta a UEPA, apesar de ser uma instituição estadual", destacou a deputada, durante a sessão realizada, à tarde, no auditório João Batista.

A acadêmica Camila Pamplona, representante do Diretório Central dos Estudantes (DCE), lamentou o corte de bolsas. "Tivemos 67 bolsas de pós-graduação cortadas, é um número grande, significativo para nossa realidade e vai interferir de fato na UEPA", afirmou a estudante. "No interior, há campi que vão fechar com falta de recursos, são campi que estão sucateados. O que nós pedimos é o mínimo, é uma estrutura básica", avaliou.

Zaira Fonseca, do Sindicato dos Professores (SindUEPA), lembrou que a universidade passou cinco anos sem a realização de editais de pesquisa. "A UEPA tem um enorme potencial, os professores não fazem mais por falta de condições. Não há financiamento para os projetos de pesquisa", afirma. Ela enumera os problemas: "O orçamento da UEPA não cresce, nosso PCCR está defasado, desde 2011 discutimos a necessidade de ampliação de vagas, pois temos hoje mais de 300 professores temporários na UEPA, e são 251 professores esperando progressão de carreira prevista em lei e que não acontece. Os salários estão congelados desde 2015. É importante que essas questões venham para o debate na Alepa, para que a base governista saiba e cobre soluções do Governo", ressalta Zaira.

Alexandre Nascimento, do Sindicato dos Trabalhadores da UEPA (SintaUEPA), complementa: "Hoje temos 450 servidores temporários, num universo de 1.100 servidores técnico-administrativos. É constrangedor que mais da metade dos cargos DAS sejam ocupados por pessoas que não são profissionais de carreira e não há interesse em mudar essa realidade", lamenta.

O reitor da UEPA, Rubens Cardoso, ouviu as colocações e agradeceu ao parlamento a oportunidade de debater os problemas da UEPA. "É importante poder dizer para a sociedade que o parlamento se preocupa com a educação e com nossas instituições". Segundo o reitor, a UEPA tem hoje 33 cursos, com 17 mil alunos. "66% dos nossos alunos estão no interior, em nossos 21 campi. É uma estrutura muito complexa, e não podemos permitir que a insuficiência de recursos se reflita em ineficiência operacional da UEPA. Isso não é verdade. Todos os anos, conseguimos formar 2 mil novos profissionais", concluiu.