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19/09/2019 | 17h54 - Atualizada em 19/09/2019 | 18h22

Comissão de Saúde da Alepa debate saúde indígena

Reportagem: Andrea Santos

Edição: Syanne Neno

Uma reunião com o objetivo de dar continuidade às negociações dos problemas de saúde enfrentados pelos povos indígenas iniciadas em Marabá, durante o projeto do Governo Itinerante, foi tema de debate na tarde de quarta-feira (18.09), na sala dos ex presidentes na Assembleia Legislativa do Estado do Pará ( Alepa). O encontro foi solicitado pela Federação dos Povos Indigenas ( Fepipa)  à Comissão de Saúde da Casa de Leis.

Segundo o Presidente da Comissão de Saúde, deputado Dr. Jaques Neves, debater a saúde indígena e executar ações voltadas a ela é fator determinante para que os índios possam viver com mais dignidade. "A Comissão existe para isso, dar apoio e lutar para que os direitos de todos sejam garantidos. O Parlamento Estadual trabalha para que a população desse Estado tenha os seus direitos garantidos", disse o deputado.

"Trabalhei seis anos na Sespa e sei que ela tem potencial para que esses gargalos encontrados sejam solucionados. Há como fazer o ParáPaz Itinerante, é bom fazer um mapeamento das localidades e realizar um trabalho. Levando a média complexidade diminui a necessidade, mas a grande retaguarda são os hospitais regionais que devem dar todo suporte a todos, se vai haver uma regularização é um outro debate", avaliou a deputada e médica Heloísa Guimarães.

Luana Kumaruara, presidente de saúde indígena do polo de Santarém, disse que há muito tempo se busca o progresso na área da saúde indígena. "Temos quem atenda a atenção básica, mas não queremos somente isso. A media e alta complexidade devem entrar na discussão. Venho de uma região de rios, do rio Tapajós, o acesso é muito difícil, são varias etnias com processo de demarcação e que precisa ser levada em consideração a realidade de cada aldeia. Precisamos desse diálogo, nossas pautas devem ser atendidas, estamos com muitos problemas no atendimento à saúde, a nossa cultura deve ser respeitada também, não vamos aceitas discriminação e preconceitos que ainda existem, isso nos machuca, temos os nossos direitos e queremos o respeito e tratamento a saúde com dignidade", observou ela.

A secretaria especial de Saúde Indígena (Sesai), comanda a Politica Nacional á Saúde dos Povos Indígenas e todo o processo de gestão do subsistema de Atenção á Saúde Indígena (SasiSUS) dentro do Sistema Único de Saúde (SUS). A entidade tem a responsabilidade de implementar um modelo de gestão e de atenção no âmbito do SasiSus, descentralizado, com autonomia administrativa, orçamentaria, financeira e com responsabilidade sanitária dos 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs).

Estiveram na reunião o representante da Funai Belém, Defensora Pública, Sespa e o deputado Dr. Wanderlan Quaresma.