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29/11/2019 | 12h25 - Atualizada em 29/11/2019 | 12h26

Reunião de trabalho aprova Plano de Ação de Prevenção à Depressão, Automutilação e Suicídio

Reportagem: Carlos Boução

Edição: Andreza Batalha

A deputada estadual Ana Cunha (PSDB), presidente da secretaria de Inclusão Social da União Nacional de Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale), coordenou, nesta quinta-feira (28/11), uma reunião de trabalho com o grupo que vem discutindo e elaborando o Plano de Ação de Prevenção à Depressão, Automutilação e Suicídio. Os trabalhos iniciaram no início de outubro, quando foi realizada uma audiência pública que se debruçou sobre o fenômeno. A reunião contou com a participação de representantes de diversas instituições estatais, de saúde pública, de educação e de pesquisa. "A depressão, a automutilação e o suicídio são enfermidades que precisamos enxergar para melhor enfrentar", avaliou a deputada. Para ela, a depressão é a solidão na vastidão da multidão.

No Pará os números de 2018 surpreendem: foram mais de 300 mortos por lesão, como enforcamento, uso de objetos cortantes, explosivos e armas brancas, segundo a Secretaria de Saúde Pública (Sespa). No Brasil, estima-se que entre cinco e nove mortes, em um grupo de 100 mil habitantes, tenham ocorrido por suicídio. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada adulto que comete suicídio, ao menos outros 20 atentam contra a própria vida ou alimentam intenções nesse sentido.

Na segunda reunião de trabalho, foi aprovado o plano com 14 eixos de ações para o fortalecimento e a integração da rede intersetorial de gerenciamento e a indicação da elaboração de estrategias de prevenção à depressão, automutilação e o suicídio. "É preciso integrar os programas, projetos e ações das políticas públicas de antecipação ao problema para resgatar a saúde mental e o plano vem para atender servidores do Estado, professores, alunos e a população", explicou a deputada Ana Cunha.

Institucionalizar o Grupo de Trabalho (GT) foi outra medida apontada na reunião. Este GT terá entre outras funções integrar a rede de atendimento de urgência e emergência para facilitar procedimentos e tomada de decisão no acolhimento às crianças, adolescentes, jovens e adultos em situação de risco pessoal e social e ainda organizar o protocolo de atuação do Gerenciamento Público nas situações emergenciais.
"O Plano está sendo feito a várias mãos, com órgãos representativos da política pública relacionada a questão da saúde emocional e mental", informou a deputada, que é médica ginecologista e obstetra. Ela informou ainda que o plano será levado aos municípios. "Vamos dialogar com os prefeitos, secretários municipais, professores e com os próprios usuários da rede", disse.

"Já existem eixos de atenção à saúde emocional e mental sendo desenvolvidos. É preciso que estes tenham sincronia nas ações, convergências e integração dos entes que constituem a rede de atendimento e acolhimento das vítimas e famílias", avaliou a parlamentar. Ana Cunha destacou ainda a necessidade de oferecer capacitação nos órgãos governamentais para que os servidores possam identificar e estar preparados para o enfrentamento do problema.

Na reunião estiveram os seguintes representantes de instituições que deverão compor o Grupo de Trabalho a ser institucionalizado: Antonino Alves da Silva do Conselho Regional de Psicologia; Evanilza Marinho, diretora da Escola de Governo; Kelly Albuquerque, da Sespa; Lia Cristina Botega, da FUNPAPA; Major César Alberto, do Corpo de Bombeiros; Milene Xavier, Faculdade de Psicologia da UFPA; Olga Castro do Centro de Valorização da Vida – CVV; Reynan Abreu, da EGPA; e Rivonilda Graim do Hospital Ophir Loyola. Ainda, Elisa Viterbino, assistente social; e Leila Machado, assessora técnica. Ambas servidoras do gabinete da deputada.