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19/06/2020 | 16h37 - Atualizada em 19/06/2020 | 16h48

Eles venceram a Covid-19

Reportagem: Andrea Santos

Edição: Dina Santos

A covid-19 deixou marcas de tristeza para muitas pessoas, mas há aquelas que venceram. Elas inspiram coragem, determinação e fé. O Estado do Pará conta com 66.918 pessoas recuperadas, segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), até a manhã do dia 19 de junho.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as recomendações de segurança para evitar o contágio são o distanciamento e o uso de máscaras, mas infelizmente há pessoas que não seguem as regras. As atividades presenciais em alguns órgãos públicos, como é o caso do Poder Legislativo, foram suspensas ainda no mês de março. Vários servidores foram acometidos pela doença e, infelizmente alguns perderam suas vidas. Mas, o momento é para contar a vocês que alguns de nossos colaboradores venceram a covid-19.

Com 27 anos, cheia de vida e tomando todos os cuidados necessários, a jornalista Raíssa Rebelo passou por dias difíceis, assim como sua irmã - que foi infectada por ela. "Eu poderia pensar que era só uma virose, mas não era. Tudo começou com uma dor na garganta e no corpo, eu estava estranha, achei melhor me isolar, até mesmo porque minha irmã de 18 anos é asmática e tenho uma avó de 92 anos. Meus cuidados passaram a ser redobrados, minha avó foi para casa de uma tia, a falta dela era enorme, mas foi necessário tirá-la de casa. Consegui fazer o teste e, claro continuei em isolamento, porém minha irmã começou a apresentar os mesmos sintomas. Foram dias terríveis, ver minha irmã naquela situação me doía muito. Ela teve muita falta de ar, conseguimos fazer uma consulta, eu não cheguei a fazer o uso da hidroxicloroquina, mas minha irmã sim", disse.

Ao ser questionada sobre o seu medo a respeito da doença, ela disse que "morrer era meu grande medo, nunca imaginei que ver os noticiários poderiam me fazer tão mal, pois estava acometida pela covid-19. Posso dizer que fui bem assistida, pois tenho o melhor médico do mundo, Jesus. Eu venci, minha irmã também, mamãe esteve todo tempo ao nosso lado, ela não apresentou sintomas. Venci a covid-19 e, continuo com todos os cuidados, a única certeza que tenho na vida é que Deus será sempre meu sustento e digo mais; não ignore os sintomas, se cuide", completou.

O servidor, André Bastos, o Andrezinho, como é chamado carinhosamente pelos seus amigos e colegas de Parlamento, 48 anos, lotado no gabinete da deputada Ana Cunha, faz parte dos que venceram a doença. "Tive todos os cuidados comigo, fui orientado pela família, mas sempre gostei de sair e quando me deparei estava com garganta inflamada, diarréia e dores no corpo, foi difícil. Minha mãe pegou, mas, hoje todos estamos curados, fiz o tratamento fora de Belém, em Florianópolis, capital de Santa Catarina", contou. Andrezinho é portador de síndrome de Down.

Em seu primeiro mandato de deputada estadual, a professora Nilse Pinheiro que é procuradora especial da mulher na Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa). Ela disse que seguiu todas as normas da Organização Mundial de Saúde (OMS), "Em um certo momento precisei ir ao médico fazer uma microcirurgia, estava com um cisto. Ao sair, fui à farmácia comprar as medicações, isso foi numa sexta-feira e, no domingo senti muita falta de ar, foi tudo muito rápido, tive febre, tosse e dor na garganta. Foram cinco dias com esses sintomas, mas não entendia, não queria acreditar que era covid-19", lembra a deputada Nilse. "Estava me cuidando. Até que resolvi ir a UPA de Icoaraci, fiz o exame. Ao chegar em casa, afastei minha mãe que, até então dormia no mesmo quarto que eu. Somente depois desse dia passei a acreditar que era covid-19. Com três dias peguei o resultado positivo, dando início ao tratamento com hidroxicloroquina e azitromicina. Passei por quase todos os momentos difíceis da doença, foi muita fraqueza que não conseguia me levantar da cama. Graças a Deus, não precisei ficar internada, foram 28 dias de isolamento", declarou.

"Comecei com uma febre, garganta inflamada, dores no corpo e não tive tosse. Estava me sentido frágil. Ao sentir tudo isso, senti que era quase certeza que estava com o vírus. Procurei um hospital e fui internada, mas não fui para a intubação, foram quatro dias de internação e, após esses dias, fiz o tratamento em casa com uso de Azitromicina e Cloroquina. O isolamento da família era mais que preciso naquele momento", disse a deputada Renilce Nicodemos.

Ela agradeceu também aos profissionais de saúde que ajudaram no seu tratamento. "Os médicos e enfermeiros foram maravilhosos, assim como meu amigo, o deputado Dr. Wanderlan Quaresma, que também é médico e me deu todo apoio e ajuda diante dessa doença, minha gratidão por toda assistência. Aos que permanecem internados, que Deus possa restaurar a saúde. Eu tive oportunidade voltar para minha casa e muitos retornarão também", concluiu.

Para o deputado Raimundo Santos, o que o levou a fazer o teste para o covid-19 foi a temperatura que, durante cinco dias permanecia em 37º , não sendo normal para ele. "Foram dias com o corpo febril, até que veio a dor de cabeça e uma tosse seca, embora menos intensa que a tosse alérgica que já tive em outras situações. Decidi, então, me submeter ao exame e o resultado indicou que eu havia tido a doença, mas já estava curado e com anticorpos, mesmo sem ter tomado nenhum remédio. Devo dizer que antes de qualquer sintoma, eu já estava em casa, em isolamento, como medida de prevenção e por ter 64 anos de idade", falou.

"Fiquei em isolamento total desde que fui acometido pelo covid-19, já estava em isolamento e, não lembro de ter tido contato com pessoas positivas. O isolamento foi algo bastante solitário e deu medo, angustia e preocupação com as pessoas que amo. Como ser humano pensei em muitas coisas, queria estar perto de pessoas da família, de amigos. Tive medo de não aproveitar a vida, mas com a graça de Deus, venci a doença, diferente de tantos. Tenho  certeza que após essa pandemia, eu, como pessoa, sairei bem melhor. Espero que a sociedade também. É preciso recuperar os valores que existem em cada um, essa doença é um ensinamento para muitos", avaliou Igor Normando, deputado estadual.

Servidor da Alepa há 12 anos, Aldoênio Cruz, coordenador da Radio Web Alepa, contraiu o a covid-19. "Numa segunda feira, fiz uma tomografia que atestou mais de 70% de comprometimento do meu pulmão. Era grave, segundo o médico eu teria queser internado. Era o meu grande medo. Cheguei a chorar falandoàa minha esposa que, se acontecesse algo mais grave comigo, que fosse ali, ao lado de quem eu mais amo, minha família", contou emocionado.

O colaborador do Poder Legislativo avaliou: "imagina você ser internado num local em que vai ficar sozinho, entubado, esperando pelos médicos que, com toda certeza, ficam sobrecarregados. Arrisquei, fiquei fazendo o tratamento em casa. Foram os piores dias da minha vida, ainda bem que os remédios começaram a fazer efeito. Fiquei com sequelas, devo fazer fisioterapia pulmonar, continuo na batalha pela vida, mas a minha batalha é mais pelo meu neto, pela minha família que ainda precisa bastante de mim. Consegui vencer e continuarei, mas nem todos conseguem, perdi um irmão para a covid-19", declarou.

Desconhecida - Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), não há ainda, uma vacina para a cura da Covid-19, que é uma doença nova, causada pelo coronavírus sars-cov2. No momento, o correto é seguir as medidas de prevenção e o distanciamento social, até que tudo seja resolvido, é fundamental, deve ser de 70 % da população. Caso seja necessário sair de casa, faça o uso de máscara, mantenha a higiene das mãos.

Pará - No mês de março, o governo do Estado confirmou o primeiro caso de Covid -19. Desde então, o Executivo tem tomado todas as medidas necessárias no combate à doença. Em todas as regiões, foram realizadas ações, como a abertura dos hospitais de campanha, que foram e são ainda fundamentais no combate ao coronavírus.

Uma das atividades mais recentes do Governo do Pará é Policlínica Itinerante, que já atendeu mais de 26 mil pessoas. Seis municípios do arquipélago do Marajó já receberam atendimento da Policlínica Itinerante, que tem como objetivo levar ao interior do Pará o mesmo trabalho da Policlínica que há em Belém.

Ação - A Policlínica Itinerante está (na sexta-feira, 19, e no sábado, 20) no município de Ipixuna do Pará, nordeste paraense, e cidades próximas. O atendimento será de 8h30 até as 17h30 ao lado do Hospital Regional da cidade, localizado na travessa Pedro Aires. A Policlínica Itinerante trata de forma precoce os primeiros sinais da doença, evitando o agravamento e, consequentemente, a internação e superlotação das Unidades de Pronto- Atendimento (UPAs)) e prontos-socorros. Ainda no mês de junho, o trabalho da Policlínica Itinerante estará também no Baixo Amazonas. Confira os dias, horário e localidades.

Santarém: 20,21 e 22/06 no Hospital Regional do Baixo Amazonas.
Curuá: 23/06 de 8h às 18h - Porto de Curuá.
Alenquer: 24/06 de 8h às 18h - Porto de Alenquer.
Monte Alegre: 25/06 de 8h às 18h - Porto de Monte Alegre.
Prainha: 26/06 de 8h às 18h – Porto de Prainha.
Almeirim: 27/06 de 8h às 18h – Porto de Almeirim.

Dados da Sespa, até as 18 horas do dia 18 de junho confirmam 80.072 casos, 4.469 óbitos, 390 em análise e 66.918 recuperados.