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Notícia

26/10/2020 | 09h06 - Atualizada em 26/10/2020 | 09h11

O trabalho invisível e minucioso dos taquígrafos da Casa

Reportagem: Syanne Neno

Edição: Andreza Batalha

Imagine o desafio de reproduzir "ipsis litteris" o discurso de 41 deputados durante as sessões. Sendo que muitos deles falam muito rápido e isso se torna humanamente impossível. Essa é a missão dos 12 taquígrafos que compõe o departamento de taquigrafia da Assembleia Legislativa do Estado do Pará.

"Taquigrafia (do grego tachys = rápido e grafia = escrita) ou estenografia (do grego: στενός, stenos, "estreito", e γράφειν, graphein: "escrever", "gravar")[1] é um termo geral que define todo método abreviado ou simbólico de escrita, com o objetivo de melhorar a velocidade da escrita ou a brevidade, em comparação com um método padrão de escrita" (fonte: Wikipédia).
Há muitos métodos taquigráficos diferentes no mundo inteiro e muitos foram adaptados para a língua portuguesa. Um dos mais comuns é "Marti", o usado por Trícia Gonçalves, há 13 anos como taquígrafa da Alepa. Com duas formações (Secretariado Executivo e Direito) foi com a Taquigrafia que ela se encontrou. Diferente da maioria dos taquígrafos da Casa, que fez o curso na própria Assembleia Legislativa, Trícia aprendeu a arte do manuscrito em casa, com a mãe, taquígrafa aposentada do Tribunal de Justiça.

É com muito orgulho que ela fala da profissão. "É um ofício diferenciado, que exige muita dedicação. É como se você estivesse aprendendo a escrever novamente, com uma linguagem específica. Tenho duas profissões, mas foi aqui que encontrei a realização profissional, ajudando a escrever a história da Alepa", destaca Trícia.

Assim que termina a Sessão Ordinária, a qual é acompanhada por cerca de 11 profissionais da taquigrafia, a equipe sobe com os manuscritos e os decodifica para a linguagem escrita. O texto segue para a documentação e posterior revisão para, então, ganhar fé pública e ficar nos anais da Casa.