Amor e solidariedade marcaram a Sessão Especial para que celebrar os 25 anos do Comitê Arte pela Vida. A atuação da organização não governamental foi apontada pela deputada Marinor Brito, proponente da sessão, como uma das mais importantes na área de assistência e saúde no Pará.

"É uma alegria a Assembleia Legislativa fazer esta homenagem, pois o Arte pela Vida , em 25 anos, tem sido exemplo de amor e solidariedade, por sua história de luta, resistência em busca de dignidade no tratamento aos portadores do HIV/Aids e encontrar saídas para que essas pessoas sejam acolhidas pela sociedade", enalteceu a parlamentar.
Para Helena Brígido, diretora da Casa Dia, "o preconceito está tão enraizado que é muito difícil fazer com que se tenha o acolhimento – não só aos pacientes, mas também às outras pessoas, porque o preconceito também está relacionado com as famílias desses pacientes", avaliou.

Deputada Marinor Brito

No Pará, a UREMIA (Sespa) atende crianças expostas ao HIV desde 1992. Segundo a coordenadora Carla Cepêda, "neste momento de celebração, queremos expor nosso sentimento de gratidão pela parceria com a ong, sempre presente na UREMIA".

Carla Cepêda

A unidade de referência para pacientes com HIV/Aids no Pará é a URE DIPE. "Nesse atendimento, contamos com a parceria do Arte pela Vida, que faz parte de todo esse processo de valorização e de luta, num sistema de saúde precarizado", avalia Eliana Botelho.

 Eliana Botelho

Fundadores – A jornalista Maria Cristina Barbosa e a voluntária Laura Correa, militantes e fundadoras do Arte pela Vida, relembraram o início da ONG e as dificuldades em realizar o trabalho, num período em que a AIDAS ainda era associada à morte e preconceito.

"É tempo de agradecer por todos que fizeram alguma coisa pela ONG durante esses anos. Não viemos para resolver os problemas, e sim para nos fortalecer. Quem tem que atuar como facilitador e garantir o apoio e assistência aos pacientes é o poder público", destacou Laura.

Laura Correa

"O que queremos é transformar esse sentimento de solidariedade que une a todos nós em ação", complementou Maria Cristina.

Maria Cristina Barbosa

O coordenador da ONG Arte Pela Vida lamentou a falta de políticas públicas e de investimentos na prevenção à AIDS. "Estamos há anos nessa luta contínua e vimos que durante a pandemia da covid-19 houve um atraso tremendo no combate à AIDS, não há mais uma política de prevenção no Pará e as instituições que tratam da doença, como a própria URE DIPE, estão sucateadas. Isso é mito grave e a consequência é um aumento no número de casos. O Pará é hoje o estado com o maior número de mortes de jovens com menos de 20 anos, por causa da AIDS", lamentou Chico Vaz.

Chico Vaz

"Mesmo assim, continuamos unidos, trabalhando para que possamos dar vida a muitas pessoas", concluiu.

Certificados – Os representantes de instituições que atuam na prevenção ao HIV/AIDS e os fundadores da ONG Arte Pela Vida foram agraciados com um certificado de reconhecimento pelo trabalho realizado nesses 25 anos de atuação. Em seguida, a sessão foi encerrada com bolo e parabéns.