Sala de acolhimento é um ambiente isolado dos demais serviços da Polícia CivilA deputada Dilvanda Faro (PT) apresentou, na última semana, na Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), a moção nº 535/2020 para colocar como prioridade a instalação de uma "Sala Lilás" no município de Concórdia do Pará. O espaço será usado para acolhimento às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar e contará com profissionais capacitados para atendimento especializado e humanizado.

Em Concórdia, os números de violência contra às mulheres são relativamente altos. De acordo com dados da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso do município, no primeiro semestre deste ano, foram instaurados 156 inquéritos policiais e 173 requerimentos por medidas protetivas de urgência. Já no ano passado, foram 351 inquéritos policiais registrados e mais 348 pedidos de medida protetiva urgentes.

"Durante a pandemia, os relatos e registros de casos de agressão subiram, já que mulheres estavam em casa, como medida de isolamento, convivendo diariamente com o agressor. Para amenizar os impactos da violência durante a pandemia, governos vêm adotando diferentes providências para conter o avanço da violência, buscando, sempre, não expor nem vulnerar ainda mais as vítimas de tais crimes", destaca a deputada Dilvanda Faro.

Dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup), apontam que neste ano, os casos de feminicídio aumentaram 118%. Só no período de janeiro a junho deste ano, foram 37 mulheres assassinadas; no ano passado haviam sido registrados apenas 17 casos.
Vale lembrar ainda que um dos principais instrumentos de proteção às mulheres, a Lei Maria da Penha acaba de completar 14 de vigência.

A primeira Sala Lilás do Estado foi inaugurada no mês de março, em Marituba, na Região Metropolitana de Belém. Esta é mais uma ferramenta do Governo do Estado que a mulher terá no combate à violência.

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