Aconteceu na manhã desta quarta-feira (09) a instalação da Comissão Temporária de Estudos que irá analisar os impactos socioambientais provocados pela explosão e incêndio no galpão da mineradoras Imerys, em Barcarena. O evento contou com a deputada Marinor Brito (PSOL) e o deputado Carlos Bordalo (PT), além de representantes das comunidades afetadas por este verdadeiro crime ambiental.

A deputada Marinor, presidente da Comissão de Cultura da Alepa, ficará responsável pela relatoria dos processos da comissão, cujo funcionamento, segundo rito regimental, será de 120 dias, podendo ser prorrogada por igual período. além disso, integram a comissão os deputados Jaques Neves (PSC), Ana Cunha (PSDB) e Dr. Galileu (PSC).

"Estes trabalhos precisam ser resumidos, por isso montamos esta comissão com o intuito de investigar. Sabemos que há muita coisa que precisa ser investigada em decorrência destes crimes ambientais, e a população precisa destas respostas e de justiça", declarou Marinor.

Rosemiro Brito, líder comunitário de Vila do Conde, em Barcarena, destacou o abandono causado por empresas como a Imerys ao povo de Barcarena. "Nossa comunidade é a 3ª mais antiga no estado, e mesmo assim o 'progresso' que estas empresas dizem trazer não é visto nos municípios da Amazônia".

A empresa Imerys Rio Capim Caulim S/A é responsável por cerca de 30 crimes socioambientais na região de Barcarena. "Já há dados que demonstram claramente que a Imerys só tem causado sofrimento à população local e ao nosso estado, o que vem se arrastando desde o governo anterior. Isso não é justo com a população do nosso estado, porque a licença pressupõe que a empresa tenha tomado as medidas para proteger a população, mas mesmo sem isso, ela está funcionando e causando danos", afirmou Marinor.

* Os textos produzidos pelas assessorias de cada parlamentar são de responsabilidade de seus autores.