A trágica morte da jovem Karina Santos, uma biomédica de 25 anos, tem ganhado ampla repercussão nos noticiários e nas redes sociais nos últimos dias. Karina foi atingida por um disparo de arma de fogo dentro do carro de seu ex-namorado, no município de Ananindeua. Em resposta, o deputado Bordalo (PT) apresentou na terça-feira (03) uma moção solicitando ao Governo do Estado maior celeridade na investigação do caso.

A moção foi encaminhada por meio da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (SEGUP) e a  Delegacia de Feminicídio (DFEM), vinculada à Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam).

Segundo a versão apresentada pelo ex-namorado, um ex-policial penal, Karina teria atirado contra o próprio peito. Contudo, familiares e amigos não acreditam nessa versão e clamam por justiça.

A perda de Karina Santos não é apenas uma tragédia pessoal para seus entes queridos, mas também um reflexo de um problema maior que aflige a sociedade: a violência contra a mulher. O Pará, assim como diversas outras regiões do Brasil, registra altos índices de violência de gênero e feminicídio. 

Em 2023, o Pará registrou o assassinato de 55 mulheres vítimas de feminicídio, um aumento em relação ao ano anterior, quando foram contabilizados 54 casos. Embora a diferença seja pequena, o número de vidas perdidas continua alarmante.

Dados da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Estado (Segup) revelam que esses crimes ocorreram ao longo de todo o ano de 2023, entre janeiro e dezembro. No entanto, especialistas alertam que a subnotificação pode fazer com que os números oficiais sejam inferiores à realidade, mascarando a verdadeira dimensão do problema.

Bordalo registra na moção que diante dessa realidade, é fundamental que as autoridades competentes, incluindo a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (SEGUP) e a Delegacia de Feminicídio (Dfem), vinculada à Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), deem prioridade máxima à investigação das circunstâncias da morte de Karina Santos. A sociedade exige que todos os procedimentos legais sejam cumpridos com eficiência e transparência, e que o responsável seja devidamente responsabilizado.

A moção foi encaminhada ao Governo do Estado, à Prefeitura Municipal de Ananindeua, ao Conselho Regional de Biomedicina 4ª Região – Pará, à Corregedoria Geral da Polícia Civil, à Secretaria de Estado das Mulheres (SEMU), à Procuradoria da Mulher da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (ALEPA), à Defensoria Pública do Estado e ao Ministério Público do Estado do Pará.