Para celebrar o Dia Estadual do Capelão, lembrado anualmente no dia 10 de novembro e reconhecido por meio da Lei Estadual n° 232/2019, a Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) iniciou as atividades da semana realizando, no auditório João Batista, uma sessão especial para comemorar a data. O evento apresentou ao público em geral os méritos e valores dos trabalhos promovidos pelos capelães em prol de uma sociedade mais unida e humanitária.

Compuseram a mesa da sessão o deputado Fábio Freitas (Republicanos); o pastor Janildo Monteiro, presidente da Associação Beneficente de Capelania Social (ABECAS) - Capelania Internacional; o pastor Adriano Casanova, representando a Sociedade Bíblica do Brasil; o capitão Sandro Martins dos Santos, representando a capelania militar do Corpo de Bombeiros; o sargento Reis Caribé, representando a capelania da Polícia Militar; Sávio Barreto, presidente eleito da OAB/PA; Ivanilda Pontes, presidente do Conselho da Comunidade da Região Metropolitana de Belém; e Valber Duarte, diretor de Reinserção Social da Secretaria de Administração Penitenciária do Pará (SEAP).

O deputado Fábio Freitas abriu a sessão enaltecendo o papel dos capelães no estado do Pará e parabenizou a Abecas pelos serviços prestados aos cidadãos paraenses.

"Gostaria de enaltecer o trabalho da Abecas pelos seus feitos incansáveis em benefício do povo, no qual, apenas no estado do Pará, o número de capelães ultrapassou os 8 mil. Diariamente, esses servos dedicam horas do seu dia para espalhar a palavra de Deus para aqueles que mais precisam, em especial aqueles que vivem em presídios, além dos nossos ribeirinhos e até mesmo os que se encontram internados nos hospitais e precisam de um apoio espiritual. Homenagear essas pessoas anônimas, que muitas vezes a sociedade não enxerga, é fundamental, e dizer que nós, parlamentares, enxergamos e valorizamos o trabalho de cada um deles", afirmou o deputado.

O pastor Janildo Monteiro, presidente da Abecas, destacou a importância de celebrar o Dia do Capelão na sede do Poder Legislativo como uma forma de reconhecimento e valorização do trabalho desenvolvido por esses cristãos em todos os municípios do estado.

"Por mais um ano, pudemos vivenciar esse momento recheado de emoção em uma justa homenagem aos capelães que dedicam horas de seus dias para ajudar o próximo. Os nossos agradecimentos ao deputado Fábio e aos demais deputados da Alepa que aprovaram a lei que reconhece o Dia Estadual do Capelão como mais um mecanismo de valorização do trabalho desenvolvido por esses servos de Deus em benefício da sociedade", destacou o pastor.

Valber Duarte, diretor de Reinserção Social da SEAP, apresentou durante a sessão o avanço conquistado pelo estado do Pará em relação aos cidadãos que se encontram presos e que têm conseguido reduzir suas penas trabalhando ou estudando. Valber destacou ainda o apoio humanitário e espiritual oferecido aos custodiados nos presídios pelos capelães.

"A pessoa privada de liberdade encontra-se contida, ou seja, presa, e precisamos nos atentar que amanhã eles estarão conosco de volta para o convívio social. Graças aos esforços e investimentos em diversas áreas por meio do governo do Estado, atualmente, contamos com pouco mais de 60% dos nossos custodiados estudando ou trabalhando dentro das unidades prisionais. Além disso, quando possuem um aparato religioso e espiritual proporcionado pelos capelães, é fundamental, pois temos a certeza de que sairão daquele lugar como seres humanos melhores, prontos para uma nova fase da vida", afirmou.

Ao final da cerimônia, certificados foram entregues pelo Poder Legislativo do Pará às personalidades e instituições presentes em reconhecimento pelo compromisso e apoio humanitário e espiritual por meio dos inúmeros serviços prestados à Capelania do estado do Pará.

Capelão - A palavra capelão quer dizer ministro ordenado, ou seja, é uma autoridade eclesiástica que provê assistência espiritual a regimentos militares, escolas, hospitais, presídios e irmandades.

Para se tornar um Capelão Militar, o interessado deve ser ministro religioso - padre, pastor etc. -, ter formação superior em Teologia (conforme a legislação brasileira, Bacharel em Teologia), experiência comprovada no Ministério Cristão e ser aprovado em concurso público de provas e títulos.