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26/05/2025 | 16h29 - Atualizada em 26/05/2025 | 16h29

Alepa promove palestra sobre doenças inflamatórias intestinais no Maio Roxo

Reportagem: Carlos Boução- AID - Comunicação Social

Edição: Andreza Batalha- AID - Comunicação Social

O Maio Roxo no Poder Legislativo do Estado do Pará foi marcado pela realização, na manhã desta segunda-feira, 26, de uma palestra no auditório Multiuso das Comissões sobre as Doenças Inflamatórias Intestinais (DII), proferida pela doutora Ana Carolina Trindade, gastroenterologista e presidente da Sociedade Paraense de Gastroenterologia.

A campanha Maio Roxo é um movimento global de conscientização sobre as DII, que ocorre durante o mês de maio, especialmente no dia 19, Dia Mundial das DII. A cor roxa, símbolo da campanha, representa a luta e a solidariedade em relação a essas condições de saúde, buscando ampliar o debate e a sensibilização sobre o diagnóstico precoce e o tratamento adequado das DII.

As doenças inflamatórias intestinais são um grupo de condições crônicas, multifatoriais e autoimunes que causam inflamação no trato gastrointestinal. “As duas formas mais conhecidas de DII são a Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa”, informou a doutora Trindade. Em ambas, disse ela, há características e efeitos distintos no corpo, “mas com sintomas comuns que impactam profundamente a qualidade de vida de quem as enfrenta”.

A Doença de Crohn (DC) e a Retocolite Ulcerativa (RCU) são doenças inflamatórias intestinais crônicas caracterizadas por inflamação e lesões no trato gastrointestinal. A principal diferença reside na extensão e no tipo dessas lesões. A DC pode afetar qualquer parte do trato gastrointestinal — da boca ao ânus — com lesões que podem ser descontínuas, enquanto a RCU afeta principalmente o intestino grosso (cólon) e o reto, com lesões contínuas.

No Brasil, a incidência de DII, incluindo a Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa, tem crescido em todo o país. Em 2020, a incidência média foi de sete casos de Retocolite Ulcerativa e três casos de Doença de Crohn para cada 100 mil habitantes.

As regiões Sul e Sudeste do Brasil apresentam maiores taxas de prevalência de DII em comparação com as regiões Norte e Nordeste. A região Sudeste lidera em internações hospitalares por DII, seguida pela região Nordeste. 

A médica Ana Carolina, em sua exposição, destacou a recente sanção, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da Lei 15.138/25, que cria a Política Nacional de Assistência, Conscientização e Orientação sobre as Doenças Inflamatórias Intestinais — Doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa. A iniciativa será desenvolvida de forma integrada e conjunta pela União, estados e municípios, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). A medida foi publicada no Diário Oficial da União.

O médico Sérgio Lima Junior, servidor do DBES, apresentou a doutora Ana Carolina aos participantes da palestra. Para ele, essas doenças são crônicas, não têm cura e têm causas desconhecidas — com diversas teorias sobre suas origens —, o que reforça a importância do Maio Roxo para ampliar o conhecimento e a conscientização sobre as Doenças Inflamatórias Intestinais.  

Para Karla Lobato, diretora do DBES, ao abrir a palestra, destacou a prevenção como o melhor remédio. Ela colocou o setor da Alepa à disposição dos profissionais para debater o tema, bem como a Sociedade Paraense de Gastroenterologia. “Conversar sobre o tema, esclarecer algumas dúvidas para a população interna, bem como para toda a comunidade, haja vista que a palestra está sendo gravada e ficará disponível no site do Poder Legislativo”, afirmou.