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Reunião com familiares reacende debate sobre o uso de linha com cerol, chilena e a oriunda da Indonésia.
Reportagem: Carlos Boução- AID - Comunicação Social
Edição: Dina Santos- AID - Comunicação Social
O deputado Fábio Freitas realizou nesta sexta (29/08), uma Sessão Especial, na sala de reunião de comissões, ao lado do auditório João Batista. O encontro reuniu familiares e parentes de uma vítima fatal, representantes do Ministério Público, dos Bombeiros e da Polícia Militar, e ainda representantes de entidades ligadas aos ciclistas e motociclistas.
O debate centrou sobre o risco de acidentes por corte produzido por linha com cerol no Estado, e para discutir a legislação existente sobre a repressão a esse tipo de prática, em todos os seus aspectos: produção, distribuição, comercialização, e fiscalização desse tipo de material. Além da produção caseira, existem linhas profissionais vindas do exterior, “Linha chilena, a mais conhecida e agora desembarcando no portos brasileiros e em Belém, a linha oriunda da Indonésia, que por serem produzidas de forma profissional, são mais resistentes e mais perfurantes”, situou o parlamentar.
“Essa prática é considerada crime pelo Código Penal Brasileiro, e seus efeitos podem ser devastadores causando cortes profundos, hemorragias, insuficiência respiratória, cegueira e até óbitos”, falou o deputado Fábio Freitas no início da reunião. Estatísticas apontam que 50% das lesões em ciclistas ocorrem no pescoço e 50% na face/cabeça.
Leis estaduais e municipais em todo o Brasil proíbem o uso, a venda e a fabricação de cerol e linha chilena. As representações de ciclistas e motociclistas querem incluir ainda nas legislações a especificação da linha vinda do Indonésia e outras assemelhadas.
No Pará, em nível estadual e municipais, existe leis proibindo o uso, a comercialização e a fabricação de cerol e linhas cortantes, como a linha chilena, para empinar pipas ou papagaios, devido aos graves riscos de acidentes e interrupção do fornecimento de energia elétrica, conforme a Lei Estadual nº 9.597/2022 e outras leis municipais.
O pai de Alessandro Rodrigues, de 29 anos, vítima da linha chilena em agosto de 2024, fez um relato emocionante sobre o ocorrido. “Meu filho, morreu após ter o pescoço cortado por linha chilena na avenida João Paulo II. Alessandro deixou filha e esposa.
Indignado com a situação, o pai, Rosivan Rodrigues, resolveu fazer uma investigação própria, de como chega em Belém a linha chilena e a de produção da Indonésia. “Se são produtos proibidos como desembarcam no Porto das Docas, e são distribuídos na cidade?”, Não soube dizer, no entanto, de onde vem, mas falou que desembarcam de sábado para domingo e do domingo para segunda e depois são retirados por comerciantes locais e distribuídos nas lojas do Ver-o-Peso. “E até em Bragança tenho notícias que já chegaram”.
“Queremos banir o uso da linha cortante, a questão do cerol, da linha chilena e da Indonésia, e encontrar uma maneira de criminalizar o uso destas linhas, até porque a linha cortante vira uma arma e pode matar”, falou o deputado, autor de uma lei que estabelece a Semana Paraense de Conscientização sobre a Venda e Uso de Linha com Cerol e Chilena, que deve sofrer modificações.
