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Obra musical de Manoel Cordeiro é declarada Patrimônio Cultural e Imaterial do Pará na Alepa
Reportagem: Carlos Boução- AID - Comunicação Social
Edição: Andreza Batalha- AID - Comunicação Social
A Assembleia Legislativa do Pará (ALEPA) aprovou por unanimidade, nesta terça-feira (02/09), o projeto de lei que declara a obra musical do compositor Manoel Cordeiro como Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado. A proposta foi apresentada pela deputada Livia Duarte (PSOL).
Nascido em 1955 em Ponta de Pedras, no Arquipélago do Marajó, Cordeiro é um renomado multi-instrumentista, compositor, arranjador e produtor musical. Considerado um dos mestres da guitarrada e da música amazônica, ele possui uma carreira ativa e já contribuiu com cerca de mil discos, seja como músico, arranjador ou produtor.
Autora do projeto, a deputada Lívia Duarte destacou a importância de homenagear o artista em vida. "Hoje é um dia de grande alegria para a ALEPA e para a Comissão de Cultura da Casa, porque vamos ter a oportunidade de reconhecer um dos maiores artistas do Estado do Pará", declarou antes da votação. 
Lívia Duarte ressaltou que, embora seja um guitarrista famoso, a contribuição de Cordeiro vai além. "Ele é um guitarrista famosíssimo que ainda dedica sua vida a ensinar outras pessoas. Na minha compreensão, Manoel Cordeiro é muito mais do que alguém que executa um instrumento; é alguém que apresentou ao Pará e ao mundo o seu jeito de fazer, por ter uma leitura e um estilo próprios", afirmou.
A vasta discografia do músico é marcada por álbuns que celebram a cultura amazônica, como "A Semente", "O Marajó" e "Canto das Águas", que refletem sua conexão com as tradições marajoaras. Seu estilo funde ritmos como carimbó e siriá com influências da música popular brasileira, criando um som autêntico e vibrante. Com letras que narram o cotidiano, a relação com a natureza e questões socioculturais da região, sua obra continua a influenciar novos artistas e a fortalecer a identidade musical paraense.
