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18/09/2025 | 20h35 - Atualizada em 18/09/2025 | 20h34

Comissão de Cultura debate cultura paraense na COP 30

Reportagem: Dina Santos- AID - Comunicação Social

Edição: Dina Santos- AID - Comunicação Social

O seminário Ações Culturais em Belém na COP 30, realizado nesta quinta-feira (18/09), na Assembleia Legislativa, começou com música. Vários cantores e compositores convidados, se revezaram para cantar versos inspirados na cultura regional. Os artistas foram convidados pela deputada Lívia Duarte, presidente da Comissão de Cultura da Alepa, para debater os desafios e caminhos para a cultura paraense diante da COP30.

“Vamos ouvir os fazedores e fazedoras de cultura para definir metas que vamos encaminhar durante a COP 30", explicou Lívia Duarte. “Esse seminário é um espaço para refletir, pode ser uma grande oportunidade para os fazedores de cultura. É hora de falarmos por nós para propagar e fomentar a nossa cultura”, avaliou a parlamentar.

O encontro reuniu representantes de diversos segmentos da cultura paraense, entre eles o fundador do espaço cultural Nossa Biblioteca (do Guamá), historiador Raimundo Oliveira; a mestre em cultura popular, Iracema Oliveira (cordões de pássaros); o mestre em cultura popular Ronaldo Silva (arraial do pavulagem); o carnavalesco Claudio Rego, o produtor cultural Diego Xavier; e o poeta e escritor João de Jesus Paes Loureiro.

Claudio Rego, que levou o carnaval paraense para a África durante cinco anos, destacou a importância de quem trabalha com cultura no Pará. “A pessoa que faz a quadrilha junina, às vezes é a mesma que faz o carnaval ou o parafolclórico. Temos um elenco significativo, talento suficiente para produzir espetáculos de qualquer dimensão”, avalia ele. “Nossa sugestão é promover uma união real, um central de produção de cultura popular”, concluiu.

O historiador Raimundo Oliveira lembrou que o projeto Nossa Biblioteca é a biblioteca popular mais antiga em funcionamento em Belém. “Somos resistência, pois equipamentos de cultura normalmente não chegam na periferia. Temos que estimular o conhecimento da nossa população, a leitura tira pessoas do crime e cria oportunidades de desenvolvimento”, destacou.

Ronaldo Silva afirmou que “Belém merece uma quadra junina ressignificada, um carnaval valorizado, entre tantas outras manifestações culturais. Essas manifestações ligadas às matrizes tradicionais só acontecem pelo trabalho dos fazedores de cultura, precisamos fortalecer esse legado”.

Para Paes Loureiro, Entre as coisas fundamentais para a valorização da sociedade estão a cultura e a arte. O problema é que as políticas públicas para a cultura não têm continuidade”, avaliou. “A organização dos grupos culturais é importante para que tenham força de reivindicar seus direitos. Essa organização é um passo necessário”, disse ele.

A deputada Lívia Duarte vai reunir todas as sugestões apresentadas durante o seminário para dar encaminhamento no parlamento paraense.