O segundo maior município do estado do Pará, Ananindeua comemora 80 anos de fundação nesta quarta-feira (3). Na região metropolitana de Belém, a cidade aproxima-se dos 500 mil habitantes, de acordo com o último censo demográfico divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2022, o que significa um aumento de 1,44% em comparação com o censo de 2010.

Legislação
Ainda em 2023, a Assembléia Legislativa do Pará (Alepa) aprovou o Projeto de Lei n° 650/2023, de autoria do deputado Luth Rebelo (PP), que declara de utilidade pública para o estado a Associação Espírita Francisco de Assis (AEFA), em reconhecimento aos serviços sociais que presta em sua área de atuação em Ananindeua.

Além disso, de autoria do deputado Chicão (MDB), foi aprovado também pelo parlamento paraense o PL de n° 330/2021, que declara e reconhece como de Utilidade Pública para o Estado do Pará a Liga Esportiva Municipal de Ananindeua.

História
O nome do município foi inspirado a partir da árvore Anani (Symphonia globulifera), de origem tupi. Há muitos anos, esta árvore, que produz a resina de cerol utilizada para lacrar as fendas das embarcações, existia em abundância, sobretudo na região das ilhas; e foi na região, onde vivem as comunidades ribeirinhas, que originou-se a cidade.

O crescimento populacional do município foi provocado diretamente pela influência da estrada de ferro Belém-Bragança. A cidade passou por um grande processo de urbanização ao longo da rodovia. Atualmente, ela é dividida pela rodovia BR-316, principal acesso terrestre à capital do estado, sendo que em 1943 Ananindeua tornou-se município através do decreto nº 4.505, cuja instalação ocorreu em 3 de janeiro de 1944.

Curiosidades
Em 1968, com a inauguração do conjunto habitacional Nova Marambaia I pela Companhia de Habitação do Pará (COHAB/PA), com 834 unidades, houve um estímulo à ocupação de áreas além do limites da capital, começando a adentrar o município de Ananindeua. Assim, com a expansão da malha urbana no decorrer da década de 70, tem-se a criação das novas áreas que hoje são conhecidas como Una, Jaderlândia e Guanabara, e posteriormente a instalação do Parque Industrial de Ananindeua.

Entre os anos de 1976 e 1986, iniciou-se a instalação do conjunto habitacional Cidade Nova, hoje tendo oito núcleos (I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII e IX). O primeiro foi inaugurado em dezembro de 1977, pela Companhia de Habitação do Pará (COHAB/PA), com 600 unidades habitacionais.

Em 1990, seguindo o mesmo padrão modernizador dos conjuntos habitacionais, o conjunto denominado Pará, Amapá, Amazonas e Roraima (PAAR), foi ocupado por cerca de seis mil famílias, antes de sua conclusão e inauguração.