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Notícia
Parlamentares exemplificam a Usina da Paz em contra-ponto à violência deflagrada por milícias no RJ
Reportagem: Carlos Boução
Edição: Andreza Batalha
Os deputados Iran Lima (MDB) e Maria do Carmo (PT), líder e vice-líder do governo do Estado, respectivamente, fizeram pronunciamentos a respeito da situação crítica de violência que está tomando conta da cidade do Rio de Janeiro, deflagrada após a morte do miliciano Matheus da Silva Resende, apelidado de "Faustão", pela Polícia Civil, e que teria precipitado a rebelião que deixou 35 ônibus incendiados no Rio de Janeiro ontem, dia 23 de outubro.
Ao informar o plenário, o deputado Iran Lima destacou sobre a assinatura, pelo governador Helder Barbalho, da ordem de serviço em Salinópolis, este final de semana, para a construção de mais uma Usina da Paz no Estado e ressaltou ainda, o papel que este equipamento social vem fazendo para a diminuição dos índices de violência e de criminalidade no Estado.
"O Pará é um dos estados com menores índices de criminalidade e de taxas de violência do Brasil, graças a presença da polícia nas áreas de risco e das Usinas da Paz, que representam a presença do Estado nestas áreas ", disse. Ele informou que, inicialmente, as Usinas das Paz foram pensadas para somente atender os bairros mais violentos, cinco de Belém, um em Ananindeua e outro em Marituba, todos na região metropolitana da capital, no entanto, devido ao impacto positivo, o programa foi estendido, e hoje está em 40 municípios do Estado.
Para Iran Lima, a onda de violência no Rio é causada pela falta do Estado nas áreas de risco. "O combate ao crime e a violência feito pelas polícias tem que ser feito acompanhado com a presença do Estado, através de programas sociais, que levem às comunidades qualidade de vida, prestação de serviço, treinamento profissional, cursos de formação, para consolidar a paz nos territórios ocupados pela força policial nas áreas com maiores índices de violência", recomendando o exemplo daqui.
A Usina da Paz é um projeto integrado ao programa estadual Territórios Pela Paz, elaborado pelo Governo do Pará e coordenado pela Secretaria Estratégica de Articulação da Cidadania (Seac). As obras físicas são feitas em parceria com a iniciativa privada. São mais de 70 serviços gratuitos integrados em um mesmo espaço, disponibilizados pelos órgãos e entidades parceiras do Estado, como espaços para atividades esportivas; salas de audiovisual e inclusão digital, incluindo wi-fi gratuito; atendimento médico e odontológico; consultoria jurídica; emissão de documentos; ações de segurança; capacitação técnica e profissional.
Para a deputada Maria do Carmo (PT), os recentes ataques a ônibus, incêndios em trens e a suspensão parcial do serviço do BRT na zona oeste do Rio de Janeiro lançam luz sobre o contexto complexo e perigoso dos conflitos envolvendo milícias na cidade. "Essa onda de violência, ocorrida na noite de segunda-feira (23), causou grande preocupação entre os moradores do Rio e do país, levando a cidade a entrar em estágio de atenção", disse.
Ela informou que os ataques visaram, pelo menos, oito bairros e foram aparentemente orquestrados por uma milícia que atua na região. Esses eventos aconteceram logo após a morte de Matheus Rezende em uma operação da Polícia Civil na comunidade Três Pontes. Matheus ocupava a segunda posição na hierarquia do grupo e era sobrinho de Zinho, um dos criminosos mais procurados no Rio de Janeiro.
Maria do Carmo considerou que os eventos demonstram a complexidade e a gravidade dos conflitos envolvendo as milícias no Rio de Janeiro. "É crucial que medidas de prevenção e ações sociais sejam implementadas para combater as raízes desses problemas e garantir a segurança da população carioca", argumentou. Para ela, a segurança pública e a justiça social devem andar de mãos dadas para enfrentar eficazmente essa questão.
