Conhecido especialmente por suas ondas gigantes que se formam a partir do encontro das águas do mar com o rio, o município de São Domingos do Capim completa, neste dia 9 de dezembro, 133 de existência. O fenômeno natural se manifesta, normalmente, no mês de março, quando ocorre o Festival da Pororoca, que atrai até 20 mil visitantes à cidade, localizada cerca de 140 quilômetros da capital paraense.

Na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), alguns projetos de lei foram aprovados que reconhecem a importância de manifestações culturais da cidade, como o Festival da Pororoca e o Círio, que foram declarados Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial para o Estado com publicação da Lei nº 7.538, de 7 de julho de 2011, Lei nº 7.412, de 26 de maio de 2010, ambos de autoria do ex-deputado Márcio Miranda.

Já de autoria do deputado Carlos Bordalo, foi publicada a Lei nº 8.839, de 8 de abril de 2019, que declara como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do Estado do Pará, o Surf na Pororoca, no município de São Domingos do Capim. O município é considerado a capital nacional da onda, mundialmente conhecida e, por isso, atrai cada vez mais turistas curiosos em conhecer as forças da natureza na Amazônia.

História
A origem histórica do município, localizado no nordeste do estado do Pará, data dos tempos coloniais, quando as primeiras incursões portuguesas atingiram os Rios Guajará, Guamá e Capim. Em 1758, já existia na localidade um pequeno povoado, que foi elevado à freguesia com o nome de São Domingos da Boa Vista. Nessa condição, entrou para a Independência.

Na divisão da província em termos e comarcas, ocorrida em 1833, a então freguesia passou a integrar o município da capital, quando foi desmembrada. Os seus limites iam até o igarapé Jurujaia, afluente esquerdo do Rio Guamá. Com o advento da República, em 1890, a sede da antiga freguesia de São Domingos da Boa Vista foi elevada à categoria de vila. Ano em que, o seu território constituiu-se em município, cuja instalação ocorreu em 1891.

O município então criado, sofreu diversas modificações em sua nomenclatura. Em 1932, chamou-se São Domingos de Capim – 11 anos depois, simplesmente Capim. Posteriormente, readquiriu sua denominação anterior com a qual permanece até os dias atuais. Segundo Th. Sampaio, Capim é topônimo de origem tupi e significa "a folha muda, fria, a grama". Os habitantes locais são chamados "capinenses".