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09/01/2024 | 13h38 - Atualizada em 09/01/2024 | 13h38

'Dia do Fico' deve ser lembrado como pontapé para a Independência do Brasil

Reportagem: Shirley Castilho

Edição: Natália Mello

A célebre frase de Dom Pedro: ''Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto. Digam ao povo que fico'', completa 201 anos nesta terça-feira, 9 de janeiro. A data marcou o início do processo da independência do Brasil, que ocorreu oito meses depois, no dia 7 de setembro do mesmo ano. A decisão do príncipe regente dava liberdade e autonomia ao país, mostrando que os mandos de Portugal não tinham mais validade.

Para o diretor legislativo da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), Jarbas Porto, a data deve ser lembrada e comemorada. ''O 'Dia do Fico' foi fundamental para o processo que culminou na independência do Brasil. Dom Pedro estava sendo chamado de volta à Portugal e, diante da pressão da sociedade da época, contrariou o chamado da Corte Portuguesa e decidiu não deixar o Brasil'', disse.

Desde a vinda da família real, em 1808, o Brasil tinha alcançado grandes conquistas, como a elevação a Reino Unido e o desenvolvimento da sua economia por conta do comércio com a Inglaterra. Dom Pedro I, permanecendo no Brasil, agradou às elites coloniais que almejavam a liberdade em relação a Portugal. O filho do rei português tornou-se então o líder do processo final da independência do Brasil.

Portugal chegou a enviar tropas para o Brasil, capitaneadas pelo tenente-general Jorge Avilez, com a intenção de reaver o poder sobre o país. No entanto, o Príncipe-Regente Dom Pedro ordenou a retirada das tropas, e o militar e seus comandados foram expulsos. Se tivesse seguido as ordens de voltar a Portugal, o Brasil poderia ser esfacelado, por isso a grande importância do "Dia do Fico".

A superação do pacto colonial interessava a aristocracia agrária, classe dominante da colônia, que via nisso a possibilidade de se ver livre definitivamente dos monopólios metropolitanos e da submissão aos comerciantes portugueses.