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Notícia

05/02/2024 | 14h31 - Atualizada em 05/02/2024 | 14h32

Dia da Mamografia: projetos para estimular o exame de mamografia são destaques na Alepa

Reportagem: Shirley Castilho

Edição: Natália Mello

Neste dia 5 de fevereiro é lembrada a importância do exame de mamografia e momento de fazer um alerta às mulheres: dados atualizados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam um aumento de 10% de novos casos nas estimativas para o triênio 2023-2025 em relação ao triênio anterior (2020-2022), totalizando cerca de 73.610 casos por ano.

Na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), a preocupação em produzir projetos e apresentar alternativas que facilitem a vida da população feminina é uma constância. Em 2023, o deputado Aveiton Souza (PL) apresentou o Projeto de Lei 639/2023, que dispõe sobre exames de mamografias em mulheres de área ribeirinhas e/ou rurais, na rede de saúde pública do Estado do Pará. O objetivo é alcançar o público feminino que reside em locais de difícil acesso e tem dificuldade em realizar esse procedimento.

Prioridade de exames de mamografias em mulheres de 40 a 70 anos e com histórico familiar de câncer de mama e ou nódulos é um dos projetos que está em andamento na Alepa. De Autoria da deputada Paula Titan (MDB), o Projeto de Lei nº 6013/2023 deve entrar em pauta este ano.

O presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia – Regional Pará (SBM/PA), Fábio Botelho, destaca que mamografia salva vidas. O especialista explica que casos de câncer de mama e/ou ovário na família (mãe, irmã ou filha), a mulher deverá realizar a mamografia mais cedo. Segundo a SBM, o rastreamento mamográfico feito em mulheres acima dos 40 anos é capaz de reduzir em até 30% o número de mortes por câncer de mama, doença que atinge 73 mil mulheres por ano no Brasil.

A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) afirma que existem 37 mamógrafos para atendimento a pacientes do SUS no Pará, 22 estão na Região Metropolitana de Belém e os outros 15 estão em municípios-polo do interior do Estado.

Pesquisa
Mais de 50% dos cerca de cinco mil municípios brasileiros com até 50 mil habitantes estão sem mamógrafos. O estudo foi feito pela Sociedade Brasileira de Mastologia em 11 estados e mostra também que 15% dos mamógrafos analisados não estão em operação; seja por não terem um profissional para operá-los ou por ainda estarem embalados ou quebrados.

O exame
A mamografia é de extrema importância e possui duas modalidades, a de rastreamento e a de diagnóstico. A de rastreamento possui um caráter preventivo em que a lesão é procurada pelo profissional, sendo o principal meio de prevenção contra o câncer de mama e deve ser feita anualmente pelas mulheres a partir dos 40 anos de idade, com periodicidade anual.

Quais são os tipos de câncer de mama?
Os tumores de câncer de mama se dividem em duas categorias: não invasivos e invasivos. Um exemplo do primeiro grupo é o carcinoma ductal in situ, que atinge o duto mamário e é conhecido como câncer de mama pré-invasivo. Entre os tumores invasivos ou infiltrantes estão o carcinoma lobular invasivo e o carcinoma ductal invasivo – este último responde por 70% a 80% dos diagnósticos.

O câncer de mama triplo negativo e o inflamatório também são infiltrantes, mas têm incidência mais baixa, assim como doença de Paget, angiossarcoma e tumor filoide, que são ainda mais raros. Vale lembrar também que, embora pouco provável, homens também podem ter câncer de mama – em cada 100 diagnósticos, um é de paciente do sexo masculino.

Principais sintomas
Nódulo
Alteração na cor
Secreção
Assimetria
Deformidades na pele
Inversão do mamilo
Caroços na axila e no pescoço
Coceira
Feridas
Dor

Como é o tratamento?
Além da cirurgia para remover o tumor, o médico pode recorrer à aplicação local ou sistêmica de medicamentos, como a quimioterapia, as terapias-alvo e a hormonioterapia, ou mesmo recorrer à imunoterapia, que é a administração de substâncias que estimulam o sistema imunológico a atacar as células cancerígenas, tratamento utilizado para alguns tipos de câncer de mama. A radioterapia, que consiste na aplicação local de um tipo de radiação, também é um recurso muito utilizado no combate à doença. A associação ou não de tratamentos depende de cada caso.