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Alepa realizará campanha de doação de sangue em parceria com Hemopa
Reportagem: Andrea Santos
Edição: Dina Santos
Junho Vermelho marca a campanha de doação de sangue, que salva vidas e ajuda a garantir o tratamento de pacientes com câncer. A campanha foi criada em 2015 pelo Ministério da Saúde para chamar a atenção da sociedade para esta necessidade real que depende da solidariedade de cada pessoa. Além disso, em 14 de junho é comemorado o dia mundial do doador de sangue.
Pensando nisso, o Departamento de Bem-Estar Social da Assembleia Legislativa do Pará (DBES-Alepa) consolidou uma parceria com a Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa), que busca aumentar o estoque de sangue no Estado. A parceria vai ocorrer com uma ação de coleta no dia 21 de junho. A unidade móvel do Hemopa estará em frente ao Palácio Cabanagem - sede do Poder Legislativo - de 8 horas às 16 horas.
A ação do DBES faz parte de um plano de trabalho que contribui com campanhas de conscientização de saúde junto aos servidores do Legislativo Estadual. De acordo com o Hemopa, a parceria colabora para a manutenção do estoque de sangue e possibilita aos inúmeros pacientes atendidos pela instituição a chance de vida e saúde.
Karla Lobato
A diretora do DBES, Karla Lobato, avalia que "mais uma parceria que tem dado certo. Nossa equipe técnica já está fazendo as visitas nos departamentos da Casa e o pré-cadastrado dos servidores que podem ser doadores. É muito importante que façamos essa colaboração com o Hemopa, já que estamos chegando no mês de férias e os estoques de sangue diminuem".
"A doação de sangue é primeiramente um ato que salva vidas. Uma única doação de sangue ajuda a salvar quatro vidas. Nosso trabalho é essencial para que haja um estoque de sangue para os pacientes sobreviverem. Os estoques de sangue estão baixos. A doação é um ato seguro", relata a enfermeira Marluce Ramos.
Marluce Ramos
Sobre a Doação
O principal desafio continua sendo conscientizar a população sobre a importância e a necessidade de colaborar com esse trabalho, realizando a sua doação de sangue. E hoje o principal alvo é o público jovem, que são os principais multiplicadores da iniciativa. Apenas 1,8% da população brasileira doa sangue regularmente.
De acordo com levantamento do INCA, apenas 29% dos doadores estão na faixa etária de 18 a 29 anos. A importância de o grupo mais jovem se tornar doador frequente é grande, uma vez que os doadores habituais estão atingindo a faixa etária limite para realização do procedimento, que é de 69 anos de idade.
No Pará, o Hemopa é o responsável por coordenar as ações de captação de doadores e distribuição do sangue doado. Para isso, o hemocentro possui postos de coleta em nove municípios do interior paraense, que funcionam como polos de distribuição para as cidades de todas as regiões. É constante o esforço para manter o estoque do banco de sangue em nível satisfatório para atender uma rede hospitalar composta por mais de 200 unidades em todo o Estado.
Pacientes oncológicos
Os pacientes oncológicos representam, em média, 30% da demanda por sangue. A cada três bolsas de sangue coletadas pelo Hemopa, uma é utilizada por alguém em tratamento contra o câncer. Portanto, a doação de sangue tem relevância determinante para o bom andamento do tratamento desses pacientes em quase todas as etapas.
Os tratamentos de radioterapia e/ou quimioterapia e a própria natureza do câncer, em vários casos, exigem muitas vezes transfusão de sangue para a reposição das células sanguíneas para correção de anemias, plaquetopenias e para manter a boa coagulação do sangue. "Principalmente nos tipos de câncer onco-hematológicos, como as leucemias agudas, por exemplo, quando é feita a quimioterapia, as taxas de hemoglobina, leucócitos e plaquetas baixam muito, e para que eles possam continuar fazendo o tratamento, precisam receber transfusões frequentemente. Outros tipos de câncer também têm essa necessidade transfusional durante o tratamento", explica a hematologista do Centro de Tratamento Oncológico, Iê Bentes Fernandez.
Oncologista Iê Bentes Fernandez
O consumo de plaquetas em um hospital oncológico é 70% maior do que em outro hospital, onde as hemácias normalmente são mais usadas nas transfusões. Por isso é necessária uma mobilização constante e com o maior número possível de doadores.
Segurança
A cada doação são coletados no máximo 450ml de sangue. Antes de efetivar a doação, cada doador voluntário passa por uma triagem com a realização de exames específicos para a eventual detecção de doenças transmissíveis, além do processo de fracionamento dos componentes do sangue.
Para doar sangue e plaquetas, é preciso:
•Estar bem de saúde
•Portar documento de identidade com foto
•Ter entre 16 e 69 anos
•Pesar mais de 50 kg
•Não ser portador de doenças crônicas
•Não ter recebido transfusão de sangue e outros componentes no último ano
•Ter repousado, pelo menos, 8 horas antes da doação
•Não estar em jejum; não ter consumido alimentos gordurosos, nem bebidas alcoólicas
•Para doar plaquetas, por aférese, é necessário já ter doado sangue anteriormente, ter disponibilidade de tempo (o procedimento dura, em média, 90 minutos) e não estar fazendo uso de ácido acetilsalicílico (AAS)
•O intervalo entre doações de sangue é de 90 dias para mulheres e 60 dias para homens.
