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30/12/2023 | 15h44 - Atualizada em 30/12/2023 | 15h47

Seis municípios Paraenses comemoram fundação neste dia 30 de dezembro

Reportagem: Dina Santos

Edição: Dina Santos

O dia 30 de dezembro marca o aniversário de fundação de seis municípios paraenses.

Barcarena, Bujaru, Inhangapi, Nova Timboteua e São Francisco do Pará completam 80 anos; e Melgaço festeja 62 anos.

São cidades que apresentam peculiaridades e diversidade nas contribuições para o desenvolvimento do Pará. Conheça um pouco de cada um desses municípios que hoje estão no berço:

Barcarena – Os primeiros habitantes das terras de Barcarena foram os índios Aruans, que, durante o período da colônia, antes de 1709 foram catequizados pelos padres jesuítas, que se instalaram em terras doadas por Francisco Rodrigues Pimenta, na fazenda Gebirié, depois conhecida como "Missão Geribirié", erigindo aí uma igreja, que ainda serve de matriz.

Posteriormente, elevado o povoado à categoria de freguesia e depois à categoria de Vila em 10 de maio de 1897, ocorrendo sua instalação em 2 de janeiro de 1898. Barcarena foi palco de importantes acontecimentos durante os agitados anos da Cabanagem. Em seu território morreu o cônego Batista Campos, a 31 de dezembro de 1834. Líder revolucionário paraense que editou um jornal contra o presidente Bernardo Lobo de Souza.Barcarena

O nome Barcarena se originou da presença, no assentamento populacional, de uma grande embarcação que havia sido batizada como "Arena" vulgarmente conhecida como barca. A junção das duas palavras fez com que a localidade ficasse conhecida como Barcarena.

O município é um importante pólo industrial, conta com 94 empresas em uma área de mais de 8 mil hectares. Barcarena é onde é feita a industrialização, beneficiamento e exportação de caulim, alumina, alumínio e cabos para transmissão de energia elétrica, entre outros. A economia tem base tradicional na agricultura, mas também avança com o turismo e com as indústrias instaladas na cidade, gerando crescimento econômico para o município – que possui o 8º maior PIB do estado (2018/IBGE) – e para o Pará. É em Barcarena que está localizado o maior porto do Estado: o Porto de Vila do Conde. Modais de Transporte: terrestre e marítimo.

Bujaru – O nome vem, originalmente, do Rio Bujaru que corta o município, cujo significado indígena é boca da cobra.Com cerca de 30 mil habitantes, Bujaru se destaca pela produção cultural.Bujaru

Nesta cidade encontram-se os reconhecidos grupos de teatro Kizomba e Bom Intento, famosos por suas performances teatrais. Entre as mais tradicionais, encontra-se a Paixão de Cristo realizada na semana santa, todos os anos. O município conta também com os Grupos de Dança Kings Of Dance e o Canto do Guará que se apresentam em diversos eventos culturais e religiosos. No mês de setembro, na cidade, acontece o festival do açaí jet o qual é repleto de competições como: natação, corrida de jet-ski, competição de peconheiros, etc. E também diversas atrações, apresentações e shows durante os três dias do festival.

Inhangapi – O Termo INHANGAPI é de origem Indígena Tupi Guarani que significa "Caminho do Diabo" ou "Caminho do Veado", nome dado pelos indígenas que foram os primeiros povos a pisar em solo Inhangapiense.

A ocupação das terras do atual município de Inhangapi deu-se no fim do ano de 1.898, com a instalação, ali, de um núcleo colonial. O local escolhido localizava-se na vertente direita do Rio Inhangapi, afluente da margem direita do Rio Guamá, e ligado à então vila de Castanhal, no quilometro 75 da estrada de ferro de Bragança, por uma estrada de rodagem de 16 km, e ao rio Inhangapi, pela continuação da mesma Estrada que atravessa o núcleo.Inhangapi

Em 1.920 Inhangapi era um dos distritos de que se compunha o município de Belém. Nos quadros de divisão territorial datados de 31 de dezembro de 1.936 e 31 de dezembro de 1.937, bem como no anexo ao Decreto-lei Estadual nº. 2.972, de 31 de março de 1.938, figura como do município de Castanhal, onde permaneceu até 30 de dezembro de 1.943, quando ganhou autonomia, através do Decreto-Lei Estadual número 4.505, pelo então Governador do Estado do Pará o Coronel Joaquim Cardoso de Magalhães Barata.

Nova Timboteua - Em 1888, Serafim dos Anjos Costa requereu junto ao governo provincial área de terras onde hoje se localiza a sede municipal de Nova Timboteua. Nessa mesma época fixaram residência no lugar Afonso Roberto Pimentel e Manoel Maria. Num esforço conjunto, os pioneiros atrairam novos moradores e, em 1892 e núcleo já estava dilatado.

O município de Nova Timboteua foi criado pelo Decreto Lei nº 4.505, de 30 de dezembro de 1943, com território desmembrado de Igarapé-Açu.Nova Timboteua

Os primeiros habitantes da cidade de Nova Timboteua, subiram as margens do Rio Peixe-Boi, que passa bem próximo do município e encontraram grade quantidade de timbó. Timbó é uma planta cuja raiz serve como veneno para o uso de pesca. Os habitantes utilizavam dessa técnica: quebrar bem a raiz e o suco, de cor branca serve para capturar os peixes.

Outra palavra que nos ajuda a entender o nome da cidade é Teua. Teua no dicionário tupy guarani significa: abundância. A junção de Timbó, mais Teua formou Timboteua. Já havia um povoado com o nome de Timboteua, então houve o consenso de que uma seria vila de Velha Timboteua e a outra Nova Timboteua.

São Francisco do Pará – O município foi fundado a partir de uma vila chamada Vila do Anhanga, que em Tupi-Guarani significa "Pedra do Diabo" se originou com a passagem da Estrada de Ferro de Bragança, que foi muito importante para o desenvolvimento das cidades da região metropolitana de Belém e nordeste paraense. Além de Anhanga, já possuiu outros dois nomes antes de ser definida como São Francisco do Pará.São Francisco do Paará

As atividades de lazer e o turismo em São Francisco do Pará são representados principalmente pelos balneários de igarapés ao redor da cidade. Destacam-se os balneários do igarapé de Pau Amarelo e o do rio Jambuaçu, muito populares sobretudo em finais de semana e nas férias escolares de julho, onde oferecem algumas atividades de lazer para as crianças, como boias de borracha, passeio de caiaque e banho de água doce.

Pelos dados de seu PIB 2012, o setor de serviços respondia por 47% da economia municipal, seguido pelo setor público com 27 %, o agronegócio com 14% e o setor industrial com apenas 5%.
Melgaço – Nações indígenas Nheengaíba, Mamaianá, Chapouna, entre outras, estabeleceram contatos, povoaram e sustentaram histórias e culturas da região que, a partir de 1659, depois de 20 anos de sequentes guerras com os portugueses, viveu a efetivação do Tratado de Paz, intermediado por padre Antônio Vieira, originando a aldeia Guarycuru. Nos séculos que antecederam a conquista da Amazônia, estas nações indígenas viveram inúmeras trocas culturais entre si e com outros povos aborígines que se esparramaram pelo vasto território amazônico.

Depois da conquista da Amazônia e dos Marajós, especialmente na região de florestas, durante uma centena de anos (1659 a 1759), os filhos de Loyola, membros da Companhia de Jesus, esforçaram-se para fazer do processo de conquista regional, um tempo de expansão da "Cruz de Cristo" entre povos ameríndios.

Desse modo, a aldeia Guarycuru originou a Vila São Miguel de Melgaço em 1759, em homenagem a uma freguesia existente em Portugal, batizada de Barão de Melgaço. Os tempos da Melgaço Vila (1759-1899), foram marcados por alianças e conflitos, assim como avanços e recuos. A chegada da República, em plenos tempos do "Ouro Negro", a borracha, elevou os municípios brasileiros, com condições de se auto sustentar, a intendências municipais. A partir daí, Melgaço transformou-se em Intendência Municipal e Cabeça de Comarca, gerenciando, ainda que de maneira provisória, destinos de Breves e Portel no século XIX.

Entre 1870 a 1920, Melgaço, Breves, Portel, Anajás, Afuá, para citar os principais, tornaram-se grandes produtores e exportadores de borracha do Estado do Pará. Entre 1930 a 1960, Melgaço esteve sob a custódia de Breves, por um período de quase dois anos. Na década de 1950, depois do fim do segundo ciclo da borracha (1939-1945), voltaram a povoar as terras que dão origem à cidade de Melgaço, propícia a agricultura e criatório de gado, articularam-se junto a agentes políticos e econômicos locais para lutar pela tão almejada emancipação política. Assim, em 1962 o município foi administrado interinamente enquanto preparava seu primeiro processo eleitoral.