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05/12/2023 | 13h46 - Atualizada em 05/12/2023 | 13h47

Dona Onete é homenageada na Alepa após sua obra ser declarada patrimônio cultural do Pará

Reportagem: Natália Mello

Edição: Andreza Batalha

A Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) recebeu, nesta terça-feira (5), a visita da cantora, compositora e poetisa Dona Onete, cuja obra musical foi declarada recentemente Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado. O convite foi feito pelo deputado Elias Santiago (PT), autor do Projeto de Lei nº 54/2023, que propôs o reconhecimento da artista.

Dona Onete foi recebida com muito carinho pelos deputados Elias Santiago, Carlos Bordalo (PT), Carlos Vinicios (MDB), Renato Oliveira (Podemos) e Lívia Duarte (PSOL). Após um momento de recepção na Presidência, quando recebeu flores e bombons, seguiu para o plenário Newton Miranda, onde foi também cumprimentada pelos parlamentares presentes e fez registros fotográficos.

"Eu fiquei aqui primeiro, me deu uma sensação de: 'será mesmo?', aí me disseram: 'é isso mesmo, a senhora foi escolhida patrimônio. Aí eu digo, que responsabilidade, gente, porque aí eu tomei muito mais responsabilidade sobre mim, sobre o que fazer, o que dizer, e eu fiquei muito feliz. Obrigada por isso, por lembrarem da minha história, da minha luta, do que eu falo, e o pessoal está vindo agora para ver o que eu digo, de fora do Brasil, de dentro do Brasil. E todo mundo quer saber o que é, o que tem a Amazônia, tem tudo isso que a gente tem aqui. É só vir", disse Dona Onete.

História
Dona Onete é o nome artístico da marajoara Ionete da Silveira Gama, nascida no município de Cachoeira do Arari, em 18 de junho de 1939. A música popular divertida e sofisticada produzida pela artista e sua banda atrai diversos públicos, combinando referências indígenas, negras e caribenhas. Foi secretária de cultura e fundadora de grupos de danças folclóricas e música regional, como o "Canarana", e agremiações carnavalescas.

Professora de História durante 25 anos, seu sonho sempre foi viver de música, por isso, após se aposentar, seguiu carreira artística. Em 2012, Dona Onete gravou e lançou seu primeiro CD, a maioria de boleros e carimbó. A partir daí produtoras estrangeiras começaram a se interessar pela cantora, em países como Portugal, França e Inglaterra.

Presença fixa da Terruá Pará, gravou e lançou seu primeiro álbum, a música-título "Feitiço Caboclo", aos 73 anos. A artista lançou também "Jamburana", "Moreno Morenado" e "Proposta Indecente", produzidas pelo músico Marco André. "Feitiço Caboclo" ganhou a internet e fez Dona Onete ganhar o mundo.

Com mais de 300 composições, entre carimbós e boleros, Dona Onete tem canções gravadas por artistas paraenses corno Gaby Amarantos e Aíla e tem chamado atenção de produtoras na Europa. Em julho de 2017, Dona Onete foi capa da maior revista de world music no mundo, a Songlines, e fez sua quarta turnê na Europa passando por grandes festivais corno Rudolstadt Festival na Alemanha, Zwarte Cross na Holanda, WorldWide Festival em Sete - França (do renomado DJ e produtor Gilles Peterson). No ano seguinte, fez mais duas turnês europeias incluindo Ásia e lançou seu primeiro DVD ao vivo, além de shows por todo Brasil, palestras e workshops.