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04/04/2022 | 16h10 - Atualizada em 04/04/2022 | 16h25

Metade dos deputados estaduais muda de partido antes das eleições 2022

Reportagem: Mara Barcellos

Edição: Dina Santos

 

Dos 41 deputados estaduais que compõem a Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), 20 mudaram de partido durante o prazo da “janela partidária”, para disputar as eleições gerais deste ano. As mudanças abrangem metade do Poder Legislativo e causam uma nova configuração nas bancadas estaduais.

A janela partidária encerrou exatamente às 23h59 de sexta-feira (1º). Esse é o período de intervalo de 30 dias, seis meses antes do pleito, prazo para que deputados federais, deputados estaduais e vereadores possam mudar de partido sem perder o mandato.

A regra foi regulamentada pela Reforma Eleitoral de 2015, como uma saída para a troca de legenda, após a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), segundo a qual o mandato pertence ao partido, e não ao candidato eleito.

Os parlamentares anunciaram em suas redes sociais a troca de legenda partidária. O deputado Jaques Neves, do PSC, mudou para União Brasil, assim como Eliel Faustino que deixou o DEM para estar no União Brasil, partido originário da fusão do Democratas (DEM) e Partido Social Liberal (PSL).  

A Procuradora Especial da Mulher, deputada Professora Nilse Pinheiro, que antes era do Republicanos, agora está no Partido Democrático Trabalhista (PDT); o Ouvidor Geral da Alepa, Raimundo Santos passou para o PSD, deixando o Patriota; Orlando Lobato, que também optou pelo PSD, era do PMN e Junior Hage mudou para PP, era do PDT.

O deputado Galileu agora é Republicanos, deixou o PSC; Hilton Aguiar era DEM e migrou para o Avante; José Maria Tapajós, mudou do PL para o PP; Antônio Tonheiro deixou o PL e foi para o PP; Alex Santiago migrou do PL para o PP.

Os delegados que ocupam cadeiras de deputados na Casa Legislativa também trocaram de partidos, como o Delegado Caveira, que deixou o PP e entrou para o PL; Delegado Toni Cunha agora faz parte do PSC, era do PTB e Nilton Neves agora é PSD, deixa o PSL.

A bancada do PSDB encolheu, dois deputados deixaram a sigla. O deputado Luth Rebelo foi para o PP e Victor Dias que passa a fazer parte do União Brasil, respectivamente, enquanto a deputada Dra. Heloísa Guimarães optou pelo PSDB, antes era DEM. Além de Heloísa, o PSDB conta com as deputadas Ana Cunha e Cilene Couto.

Três parlamentares migraram para o MDB, partido do governador Helder Barbalho. São eles: Ângelo Ferrari, que era do PTB; Diana Belo que deixou o Democracia Cristã – DC; e Paula Gomes, antes era do PSD. Com isso, houve aumento na bancada do MDB, fortalecendo a base de apoio do  governo estadual, que passa a contar com 10 parlamentares no Poder Legislativo. O MDB tem a maior representatividade na Casa de Leis.

Com a saída de Diana do Democracia Cristã, o partido fica sem representação na Alepa.

Alguns deputados anunciaram que pretendem concorrer à Câmara Federal, como o Delegado Caveira, Dilvanda Faro, Marinor Brito, Miro Sanova, Renilce Nicodemos e o deputado Raimundo Santos, parlamentar constituinte com cinco mandatos estaduais e três federais.  

Para Renilce Nicodemos, pré-candidata a deputada federal, a decisão de disputar uma vaga à Câmara dos Deputados, é uma oportunidade de aumentar a representatividade das mulheres na política nacional para atender pautas femininas e combater o machismo.

“Decidi disputar uma vaga à Câmara Federal, porque as mulheres querem uma representação verdadeiramente popular e que atendam suas demandas. O maior desafio que uma mulher pode enfrentar na política é seguir em frente, diante da ausência de outras mulheres, perante o machismo estrutural que, infelizmente, impera neste seguimento. Sigo firme, e seguirei nessa nova decisão, pelos homens e mulheres dos 144 municípios do nosso grandioso Pará”, afirmou.