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24/06/2022 | 07h27 - Atualizada em 24/06/2022 | 20h04

Caravana Ação Cidadania do Poder Legislativo visitou Barcarena

Reportagem: Carlos Boução

Edição: Dina Santos

A caravana da Ação Cidadania do Poder Legislativo do Estado do Pará desembarcou nesta quinta (23), no município de Barcarena, localizado a 15 km da capital. Barcarena é um importante polo industrial da região metropolitana de Belém, onde ocorrem a industrialização, beneficiamento e exportação de caulim, alumina, alumínio e cabos de transmissão de energia elétrica. Em Barcarena está localizado ainda o maior Porto do Estado, o de Vila do Conde.

As atividades da ação foram concentradas até as 13 horas nas dependências da sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Barcarena, localizado no Bairro Centro, e foram realizados mais de 250 atendimentos com serviços de expedição de documentos civis: identidade, certidão de nascimento, carteira de trabalho eletrônica, e atendimento jurídico.

Nesta caravana, foi ofertado tirar foto 3x4 na hora dos que não trouxeram e o de som apresentando os serviços ofertados pela Caravana da ALEPA.

A ação do Poder Legislativo é coordenada pelo Centro de Atendimento ao Cidadão (CAC) da ALEPA, que é dirigido por Márcio Souza. O trabalho é realizado em parceria com o Departamento de Bem Estar Social (DEBES) da ALEPA, e conta com a parceria do Governo do Pará, Polícia Militar e Polícia Civil.

O presidente do STR de Barcarena, Tadeu Maciel, que solicitou o deslocamento da equipe da ALEPA para o município, junto a Comissão de Direitos Humanas e Defesa do Consumidor, presidida pelo deputado Carlos Bordalo (PT), considerou que o trabalho foi bem feito. "Reivindicamos devido observar a grande dificuldade por falta de documentação que muitos trabalhadores rurais tem na hora de peticionarmos pedido de aposentadoria, legalização de terra e de trabalho entre outros".

Para ele, o serviço da Ação Cidadania" veio para contribuir. "Por causa das grandes dificuldades operacionais de trazer os trabalhadores rurais para vir até cidade e a sede do STR", e informou ainda que a mobilização se deu pelas redes de computadores e nos grupos de WhatsApp de Associações, cooperativas.

O STR foi fundado em 1970, obteve o registro e a Carta sindical em 1973, e hoje tem mais de 10 mil sócios, com 10 delegacias sindicais em comunidades diversas, e outras ainda em formação.

Bernadete Nunes levou os 5 filhos para tirar o documentoBernadete Nunes, de 75 anos, trabalhadora rural da localidade Arienga, próxima ao Centro Urbano, aproveitou a oportunidade e trouxe os seus cinco filhos: Valdeci, 24 anos; Marielly (18); Ariene (16); Marielson (14) e Adeilson (13). Todos tiram identidade, o mais velho a segunda via.

maria Vera Teixeira CostaJá a lavradora rural Maria Vera Teixeira Costa de 62 anos, nascida em Muaná e moradora de Barcarena, casada com um lavrador rural, veio tirar sua terceira via. "Este serviço é muito bom e está indo bem rápido, assinalou.

Vitória Dias Moreira

Vitória Dias Moreira, estudante do ensino médio, estava acompanhada de sua filha de 21 dias, veio para renovar o seu RG. Já o estudante Ricardo Henrique de 16 anos, levou a 2ª via do seu RG.Ricardo Henrique

Foram mais de 40 atendimentos no CAC Jurídico, para a confecção de certidões de nascimento e orientação jurídica. "Observamos demandas nas áreas de reintegração de posse, aposentadoria, pensão alimentícia e divórcio", explicou a advogada Taina Cunha.

"Tivemos até casos de transferência de processo para Belém", informou Ivy Neves, também advogada do CAC Jurídico. A grande parte dos casos foram remetidos a Defensoria Pública do Município.

História - Os primeiros habitantes das terras de Barcarena foram do povo indígena Aruans que, durante o período Brasil-colônia antes de 1709, foram catequizados pelos padres jesuítas. Estes se instalaram em terras doadas por Francisco Rodrigues Pimenta, onde fundaram uma fazenda com o nome de Gibirié, depois conhecida como "Missão Gibirié", fundando aí uma igreja, que ainda serve de matriz.

Posteriormente, foi elevado o povoado à categoria de Freguesia, sob a invocação de São Francisco Xavier. Sua elevação à categoria de Vila aconteceu mediante a promulgação da Lei Estadual nº 494, de 10 de maio de 1897, ocorrendo sua instalação em 2 de janeiro de 1898, segundo determinado pelo Decreto nº 513, de 13 de dezembro de 1897.

Devido a sua proximidade de Belém, a cujo território pertenceu até 1938, Barcarena foi palco de importantes acontecimentos durante os agitados anos da Cabanagem. Em seu território morreu o cônego Batista Campos, a 31 de dezembro de 1834, líder revolucionário paraense que editou um jornal contra o presidente Bernardo Lobo de Souza.

O nome "Barcarena" se originou da presença, no assentamento populacional, de uma grande embarcação que havia sido batizada como "Arena" vulgarmente conhecida como barca. A junção das duas palavras fez com que a localidade ficasse conhecida como Barcarena. Contudo, também existia em 1487 uma povoação em Portugal chamada Barcarena, e que de lá vinha a maior parte do armamento e pólvora do império Português (Fábrica da Pólvora de Barcarena), provavelmente o nome teria origem nesta localidade Portuguesa, que faz parte do conselho de Oeiras, que tem relação etimológica com Oeiras do Pará, município próximo de Barcarena do Pará.