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01/11/2022 | 12h29 - Atualizada em 01/11/2022 | 14h18

Berlinda de Nossa Senhora de Nazaré pode virar Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial

Reportagem: Andrea Santos

Edição: Andreza Batalha

O Círio de Nossa Senhora de Nazaré é considerado a maior festa religiosa do Brasil. O momento tem representatividade para o povo católico do Pará, envolve fé, devoção, gratidão e amor e é celebrado no segundo domingo de outubro, em Belém. Na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), na manhã desta terça-feira (01/11), foi aprovado o projeto de lei nº 184/2022 que declara de Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial para o Pará a "Berlinda de Nossa Senhora de Nazaré". A proposta é de autoria do deputado Thiago Araújo. 

Deputado Thiago Araújo

A berlinda começou a ser utilizada no Círio a partir de 1882, por sugestão do Bispo Dom Macêdo Costa. Até então, a imagem era conduzida no colo pelo capelão do palácio do governo, como era tradição desde o primeiro Círio, em um palanquim, uma espécie de liteira fechada presa a um varal levado no ombro por quatro ou seis homens, veículo comumente utilizado à época por pessoas abastadas e autoridades. 

A partir da utilização da berlinda, puxada por cavalos, a imagem passou a ser levada sozinha. Em de 1885, foi introduzida a corda. No ano de 1926, entre as diversas mudanças sugeridas pelo então Arcebispo de Belém, Dom João Irineu Joffily, a berlinda foi substituída por um andor e assim permaneceu até o Círio de 1930, quando retornou. A berlinda atual é a quinta da história. Foi confeccionada em 1964, pelo escultor João Pinto. Ela tem estilo barroco e foi produzida em cedro vermelho. Conforme a tradição é ornamentada com flores naturais, sendo utilizada no Círio e na trasladação. Para as demais romarias oficiais são utilizadas berlindas menores e mais simples, com exceção à Romaria das Crianças e à Procissão da Festa, quando é utilizado o nicho onde a imagem era colocada no presbitério da Basílica (tradição que permaneceu desde a entronização da imagem original até o Concílio Vaticano II), colocado em um andor com rodas. 

No Recírio, a imagem é levada em um andor nos ombros. Em 2012, a berlinda passou por uma reestruturação, quando foi inserida uma nova cobertura de folhas de ouro. A reforma envolveu também a implantação de um moderno sistema de iluminação em fibra ótica, com luz branca no interior, representando a paz e a pureza de Nossa Senhora, e amarela na parte exterior realçando os detalhes da estrutura. Todos os anos, antes do Círio, a berlinda passa por pequenos reparos. 

"A relação entre a Berlinda e os devotos é muito forte, muitas pessoas envolvem promessas que são cumpridas durante o acompanhamento da procissão, onde as mesmas acompanham todo o trajeto. Diante do que é o Círio de Nazaré, é importante que essa proposição seja declara de Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial para o Pará", diz a justificativa do projeto.

Utilidade Pública

O projeto de lei nº 158/2022 da deputada Dilvanda Faro declara de utilidade pública para o Pará, a Associação Santana Água Preta dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais do Projeto de Assentamento - PA Pilão Poente III- ASAP com sede na Cidade de Anapu. A entidade presta relevantes serviços à comunidade local. De autoria do presidente, deputado Chicão, foi deliberado também o projeto de lei nº 250/2022 que revoga a Lei nº 8.474, de 27 de abril de 2017, que declarou e reconheceu como de utilidade pública para o Pará, o Centro Social, Esportivo, Cultural, das Adversidades e de Garantia de Direitos Gileade.

*Com informações da Ascom do Círio de Nazaré