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Notícia

29/05/2023 | 17h29 - Atualizada em 30/05/2023 | 09h02

Acessibilidade e inclusão de pessoas com deficiência são temas de Sessão Solene

Reportagem: Dina Santos

Edição: Dina Santos

Na Semana da Acessibilidade, a Assembleia Legislativa do Pará realizou uma Sessão Solene nesta segunda-feira (29/05) para ampliar a visibilidade e o entendimento sobre as questões relacionadas à acessibilidade, inclusão e direitos das pessoas com deficiência. A Sessão foi iniciativa do deputado Fábio Figueiras, com apoio do deputado Vítor Dias.

"Precisamos unir esforços e fazer debates sobre os direitos das pessoas com deficiência. Vários Projetos de Lei já foram aprovados nesta Casa, e não podemos deixar de lembrar que a atual gestão do Pará é a que mais avançou na conquista de direitos, nos últimos anos. Mas temos um longo caminho não só na conquista de direitos, mas também na aplicação desses direitos", avaliou o deputado Fábio Figueiras.

Ele destacou que a Sessão Solene faz parte das comemorações para marcar várias datas importantes: o Dia Mundial da Acessibilidade, Dia Nacional das Línguas de Sinais, Dia Nacional da Pessoa Surda, Dia Internacional da Pessoa Surda e a Semana da Síndrome de Down.Deputado Fábio Figueiras

O evento tem como objetivo informar e conscientizar sobre os assuntos relacionados à deficiência, além de promover a inclusão e acessibilidade em todos os aspectos sociais, por meio da disseminação de informações e da sensibilização da sociedade para a importância de uma sociedade mais igualitária, acessível e inclusiva.

"Falar sobre acessibilidade é importante, porque a sociedade ainda faz relação direta apenas com dificuldade de locomoção, mas esse tema vai muito mais além. Existem outras formas de acessibilidade, como na educação e na comunicação, que também precisamos resolver", avaliou o deputado Vítor Dias.Deputado Vítor Dias

Para a deputada Lívia Duarte, "é importante comemorar o que já alcançamos e buscar o que ainda é necessário. Há um longo debate sobre o tema, que é complexo, e precisamos discutir, pois as famílias querem que o poder público cumpra seu dever, que é proporcionar cidadania para essas pessoas com deficiência", ressaltou. Deputada Lívia Duarte"A cidadania é o caminho, mas isso precisa ser uma política de Estado e ter um arcabouço legar para o trabalho sempre ter continuidade", disse a parlamentar.Pâmela Matos

A professora Pâmela Bastos, que é uma pessoa surda, emocionou com um pronunciamento traduzido por uma intérprete de libras. "A luta das pessoas com deficiência tem as peculiaridades relacionadas à condição de cada pessoa. Já temos muitos dispositivos legais, várias leis, mas falta implementar essas leis e garantir a aplicação dos nossos direitos", cobrou.Gisele Costa

A coordenadora da Frente Nacional de Mulheres com Deficiência, Gisele Costa, afirmou: "Sem acessibilidade não há inclusão. Precisamos lembrar que isso é muito mais do que uma rampa ou ter um intérprete de libras. Significa manter a criança na escola, é ter saúde, ter centros terapêuticos para todos que necessitam de terapias em toda a sua vida", enumerou ela. "Infelizmente, as pessoas não pensam em quem tem deficiência", lamentou.Luíza de Souza Leão Almeida

Para Luíza de Souza Leão de Almeida, do TRT 8ª região, a inclusão ao mercado de trabalho também precisa de acessibilidade. "Precisamos pensar na empregabilidade, no ingresso e permanência da pessoa com deficiência e nas condições para que ela possa desenvolver suas atividades. Isso é inclusão. Mas a realidade é que a taxa de empregabilidade para PCD´s é muito baixa. Há muitas pessoas com deficiência que precisam e querem trabalhar, muitas empresas que alegam não haver PCD´s disponíveis no mercado. As empresas não devem atuar para 'cumprir cotas, e sim para serem instituições melhores", destacou.

Luíza lembrou de outra dificuldade enfrentada pelos PCD's; "a barreira atitudinal, quando as pessoas não pensam em PCD's e tornam essas pessoas invisíveis, esquecidas pela sociedade", lamentou.Nayara Barbalho

A coordenadora estadual de políticas para o autismo, Nayara Barbalho, ressaltou que o Pará possui três centros especializados – em Belém e no interior, e que ainda neste ano, outros dois cetros serão entregues. "Em três anos, o Pará se tornou o estado com o maior número de vagas para prestar atendimento especializado às pessoas com autismo". Ela enfatizou a importância da união. "Precisamos nos unir na causa dos PCD's. Enquanto isso não acontecer, essa parcela da sociedade não terá a representatividade que merece, mesmo sendo 24% da população", garantiu.

HOMENAGENS - Durante a Sessão Solene, foram prestadas homenagens às pessoas que dedicaram pelo menos 10 anos de trabalho constante e consistente na busca por uma sociedade mais justa, acessível e inclusiva no Estado do Pará.

A Sessão teve, ainda, apresentações artísticas de crianças e jovens portadores de deficiência atendidos pelo grupo ACESSAR - Núcleo Amazônico de Acessibilidade, inclusão e Tecnologia da UFRA, que encantaram o público com música, dança e talento.