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Notícia do deputado Carlos Bordalo

As informações contidas nesta seção são de responsabilidade da assessoria do próprio deputado.

29/08/2024 | 15h16 - Atualizada em 29/08/2024 | 15h15

Alepa aprova projeto que reconhece o Samba de Cacete como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do Pará

Reportagem: Lilian Campelo

Edição: Carlos Bordalo - AID - Comunicação Social



O Samba de Cacete é uma expressão da ancestralidade de um povo. Através de suas melodias, do som do tambor e da dança, narra a cultura e a história de luta e resistência da Amazônia negra. Nesta terça-feira (27), a Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) aprovou por unanimidade o Projeto de Lei n° 825/2023, que reconhece o Samba de Cacete como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do Estado do Pará.

De autoria do deputado Bordalo (PT-PA), o Samba de Cacete é uma manifestação cultural ainda preservada em comunidades quilombolas do baixo rio Tocantins, que abrange sete municípios do Pará: Abaetetuba, Igarapé-Miri, Limoeiro do Ajuru, Cametá, Mocajuba, Baião e Oeiras do Pará.

O nome refere-se aos pequenos cacetes de madeira utilizados pelos tocadores dos tambores para marcar o ritmo e o contratempo, envolvendo música, canto e dança com elementos dos batuques afro-brasileiros. A melodia, assim como a dança, começa em ritmo lento e vai acelerando gradualmente. A dança é livre; as mulheres geralmente giram em torno de si mesmas, acompanhando os gestos sugeridos pela letra da música.

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AFRICANIDADE

O Samba de Cacete é uma herança ancestral dos homens e mulheres que foram traficados e escravizados do continente africano para o Brasil durante o período escravocrata. Como ato de resistência em busca da liberdade, as fugas eram constantes, resultando na formação de comunidades quilombolas, que deram origem a várias comunidades remanescentes. Assim é uma dessas manifestações culturais afrodiaspóricas, desenvolvida na Amazônia paraense.

De acordo com o Censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população quilombola no Pará é composta por 135.033 pessoas. A região Norte tem 31,3% de sua população quilombola residindo em territórios oficialmente delimitados, a maior proporção entre as cinco grandes regiões. Na Amazônia Legal, foram recenseados 80.899 quilombolas em Territórios Quilombolas oficialmente delimitados, o que representa 48,38% da população quilombola nacional que reside em áreas oficialmente delimitadas.