De autoria do deputado Bordalo (PT), apresentada na terça-feira (05), na Assembleia Legislativa do Pará (ALEPA), a moção que solicita com urgência ao Governo do Estado e à Secretaria de Estado de Saúde Pública (SESPA) a apresentação de um plano estadual para o enfrentamento da Mpox, também conhecida como varíola dos macacos. A solicitação ocorre em meio ao crescimento no número de casos da doença e à confirmação de duas mortes somente em 2025.

O aumento de casos e a recente confirmação de óbitos por Mpox (varíola dos macacos) no Pará acenderam um alerta para a saúde pública no estado. A infecção, que já levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a emitir o mais alto nível de alerta, tem avançado em municípios como Belém, Ananindeua e Santarém. A proposição do deputado Bordalo reforça a necessidade de medidas de prevenção, diagnóstico, tratamento e apoio às unidades de saúde, além de articulação entre as esferas estadual, municipal e federal para o enfrentamento eficaz da crise.

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De acordo com dados oficiais da SESPA, até o dia 23 de abril deste ano, o Pará já contabilizou 19 casos confirmados, sendo 14 em Belém, três em Ananindeua, um em Marituba e um caso importado de outro estado. O dado mais alarmante, no entanto, é o registro de dois óbitos: um em Santarém e outro em Ananindeua. No dia 24 de abril, a morte de um jovem de 28 anos no Hospital Municipal Mário Pinotti, em Belém, foi noticiada, marcando a primeira vítima fatal da doença na capital paraense neste ano.

“Esse cenário demanda uma resposta rápida do poder público. Precisamos de um plano estadual estruturado, com medidas claras de prevenção, testagem, tratamento e suporte adequado às unidades de saúde, especialmente nos municípios com maior incidência”, afirmou Bordalo 

A proposta do parlamentar pede que no Plano Estadual sejam inseridas medidas de prevenção, vigilância epidemiológica, diagnóstico, tratamento e controle da doença. Além disso,  a disponibilização de insumos, testes, atendimento médico adequado e estrutura de isolamento para casos confirmados e suspeitos, com especial atenção às regiões com maior incidência.

Transmissão

A Mpox é causada pelo vírus MPXV, pertencente à família dos Orthopoxvirus, uma das mais resistentes entre os vírus de DNA. Embora inicialmente vinculada à transmissão entre primatas, a doença também pode ser transmitida por roedores, outros mamíferos e até por contato com humanos infectados. Em 2023, o estado registrou 27 casos e um óbito. Em 2024, houve aumento para 64 casos, sem mortes.

A moção foi encaminhada ao conhecimento do gabinete do Governador do Estado, gabinete do Prefeito de Belém, Câmara Municipal desse município, Secretaria Municipal de Saúde, Ministério da Saúde do Governo Federal, Ministério Público do Estado, Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Pará (COSEMS/PA).